domingo, 7 de outubro de 2018

"Poliana", de Eleanor H. Porter

Li "Poliana" pela primeira vez quando criança, numa edição dos anos 70 pertencente à minha mãe.

Contudo, confesso que a obra impactou-me muito mais agora, numa segunda leitura, uma vez que percebi o alto potencial de indagações e críticas dentro de um texto tão romântico.

O livro trabalha com o ponto de vista da criança Poliana, cujas imaturidade e ingenuidade não permitem a real compreensão do funcionamento da complexa vida da sociedade adulta, o que leva o leitor a questionar aspectos importantes da sua existência.

Por outro lado, há o viés dos personagens adultos, que carregam consigo o sentimento de dever, a desilusão, as frustrações, características bem diferentes do otimismo infantil observado na menina.

Porém, a vontade de viver e de ser feliz de Poliana contagia a todos os adultos ao seu redor, proporcionando a eles grande parte dessa vitalidade, desse positivismo. Percebe-se então que, ao argumentar sobre o "jogo do contente", a autora convida o público a praticá-lo durante a sua trajetória também, ajudando as pessoas a tornarem os seus caminhos menos automáticos e mais proveitosos.

E é por tudo isso que esse título, publicado pela primeira vez em 1913, ainda faz tanto sucesso (e sentido), transformando-se em uma leitura obrigatória e inesquecível, aos moldes de "O pequeno príncipe".

domingo, 23 de setembro de 2018

"Bem está o que bem acaba", de William Shakespeare

"Bem está o que bem acaba" fala da manipulação entre as pessoas, apresentando-a sob diferentes formas e em diversas situações.

A peça é surpreendente e avançada, como todo texto shakespeariano. Porém, confesso que esperava mais desse título, devido a sua enorme fama. Considero que há várias obras mais aprimoradas escritas pelo autor, uma vez que essa parece não estar à altura das características de Shakespeare. Ou seja, apesar de belíssima, não se compara a "Hamlet", "Rei Lear", "A megera domada", etc.

domingo, 9 de setembro de 2018

"A história do cinema para quem tem pressa", de Celso Sabadin

A obra "A história do cinema para quem tem pressa" se propõe a contar, em até 200 páginas, o que de mais importante aconteceu com a sétima arte desde o seu surgimento.

Sendo eu um apaixonado por filmes, fiquei fissurado por essa leitura. Tanto que acabei o livro depressa - não por ela ser demasiadamente breve, mas porque achei essa publicação bastante interessante e agradável.

Certamente entrará para o meu "Hall da Fama".

domingo, 26 de agosto de 2018

"Muito barulho por nada", de William Shakespeare

Nesta espécie de tragicomédia, Shakespeare retrata o poder da palavra e das armações.

Em uma das situações desenvolvidas na encenação, um casal de noivos é separado por difamação à noiva. Na outra, um segundo casal é unido por maquinação de pessoas próximas a eles.

Desse modo, através dessa peça de inestimável valor, o dramaturgo inglês mostra o quanto é nocivo tomarmos atitudes sem ouvirmos os nossos instintos, os nossos sentimentos.

domingo, 12 de agosto de 2018

"Sonetos", de Bocage

Sensacionais os sonetos do poeta português Bocage, pois versam sobre os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas mulheres, a sua grandeza, a sua vulnerabilidade. E fazem isso utilizando referências literárias diversas, cuja riqueza dá mais sentido aos poemas e alude à cultura elogiável do seu criador.

Li esses textos em uma edição antiga mas fantástica da Ediouro, contando com comentários de Fernando Mendes de Almeida e ilustrações de Aldemir Martins, detalhes que aprimoram a experiência da leitura.

domingo, 29 de julho de 2018

"Vila Triste", de Patrick Modiano

"Vila Triste" apresenta jovens personagens sem perspectiva, sem planejamento de futuro, entediados, escondendo-se do passado. Quando mais velhos, são saudosistas e conformados.

Nela, Modiano critica alguns tipos de pessoas, como aquelas que vivem de fama e de influência, por exemplo, sem excluir o fato de que elas sempre se dão bem.

A narrativa é fácil, mas não revela as reais intenções do autor, deixando muitas lacunas e permitindo diversas interpretações.

Considero, então, o livro agradável e cativante, embora não seja um título marcante.

domingo, 15 de julho de 2018

"Rio esportivo", de Victor Melo

Cheguei a esse indescritível livro por acaso. Ainda bem que, nesse caso, o acaso me trouxe sorte. Pois, em uma edição luxuosa, com capa dura e formato de álbum de fotografias, essa obra resgata a história do esporte na cidade do Rio de Janeiro. E faz isso por meio de um texto atraente e fotos surpreendentes, cujo impacto nos leva ao Rio de antigamente.

Então, é um material super indicado para quem gosta de Esporte, de História e/ou do Rio de Janeiro. Também, é claro, para aqueles que apenas apreciam uma leitura que não decepciona.