terça-feira, 26 de dezembro de 2017

"Entre dois amores", de Mary Westmacott (pseudônimo de Agatha Christie)

Assim que descobri, muito recentemente, que Agatha Christie escreveu sob pseudônimo alguns de seus livros, todos bastante diferentes daquilo que eu conhecia de sua produção, senti-me impelido a ler pelo menos um desses títulos.

Dos que encontrei, escolhi "Entre dois amores", que me instigou a curiosidade por três fatores: capa, sinopse e extensão.

Logo após terminar a leitura, concluí que essa foi uma das melhores obras que já li, pois: a narrativa é quase inacreditável de tão bem desenvolvida, surpreendendo o leitor em inúmeras passagens; os personagens, com personalidades minuciosamente demarcadas, são críveis, realísticos; todos os assuntos abordados são interessantes e pertinentes.

Além disso, pode-se dizer que, no referido livro, Agatha Christie foi brilhante e ousada. Por exemplo, ao colocar um espécie de desfecho como prólogo, convida o leitor a reler o início da obra depois de finalizar a leitura; ao falar abertamente sobre guerra, judaísmo, fidelidade, era das máquinas, arte, futurismo, socialismo, etc., sempre com muito respeito, ela, enquanto escritora em uma época mais machista do que a atual, revelou-se à frente de seu tempo.

Sinceramente falando, uma leitura de tirar o fôlego!

domingo, 17 de dezembro de 2017

"Infinita sinfonia", de Helena Kolody

Até ter esse livro em mãos, não conhecia nada dessa poetisa paranaense. E só estou tendo esse contato porque a minha amada tia Reny me presenteou com a obra supracitada.

Gostei de verdade dos poemas de Helena Kolody, que se apresentam sensíveis, existenciais, místicos. Em seus textos poéticos, a autora experimenta formatos, tamanhos, palavras, sem se esquecer de deixá-los compreensíveis. Além disso, uma característica que me interessou intensamente: ao interpretar e pormenorizar fenômenos da natureza, Helena desvenda o comportamento humano e, dessa maneira, escancara alguns dos principais segredos da vida.

Muito obrigado pelo presente, tia!

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

"O Livro de Ouro da Mitologia: Histórias de Deuses e Heróis", de Thomas Bulfinch

Esse livro se propõe a compilar em um único volume as principais histórias das mitologias greco-romana, egípcia, oriental, hindu, nórdica, entre outras. 

Além disso, traz curiosidades, como: a origem da mitologia, os poetas mais importantes que trataram sobre o assunto, obras de artes plásticas relacionadas ao tema.

Enfim, para quem aprecia o assunto, é uma dica de leitura bem interessante.

domingo, 3 de dezembro de 2017

"Contos médico-policiais", de Jacyr Pasternak, Vicente Amato Neto e Walter Nelson Cardo

Realista, engraçado e magistralmente escrito, o livro "Contos médico-policiais" escancara a sujeira, a incompetência e os tipos curiosos presentes na medicina brasileira.

Nessa edição, os autores, médicos e professores universitários, oferecem ao leitor mais de trinta contos ditos verídicos, explorando alguns dos maiores tabus do fim do século XX: AIDS, homossexualismo, clonagem, eutanásia, entre outros.

Contudo, para quem espera um livro mais sério, com muito suspense e investigações policiais, esqueça! São histórias tipicamente nacionais: bizarras, sacanas, marotas, que riem da nossa própria desgraça.

domingo, 26 de novembro de 2017

"O curioso caso de Benjamin Button", seguido de "Bernice corta o cabelo", de Francis Scott Fitzgerald

O primeiro conto, "O curioso caso de Benjamin Button", de reconhecível fama no cinema, fala sobre um homem que nasce velho e vai rejuvenescendo com o passar do tempo.

A narrativa, um tanto diferente do filme, coloca aos leitores, de modo alegórico, questões importantes, como: (des)respeito, preconceito, padronização, normalidade. E, dessa forma, com uma história divertida, Fitzgerald convida as pessoas a pensarem.

Na sequência, "Bernice corta o cabelo", uma moça sem muita habilidade nas relações sociais se vê obrigada a cumprir uma infeliz promessa.

Sempre me chamou a atenção o fato de alguns indivíduos terem, desde pequenos, esperados comportamentos sociais, com a maior naturalidade, dando a entender que isso vem deles. Por outro lado, o restante simplesmente possui atitudes e reações estranhas socialmente, sem nunca conseguirem ser aceitos. E esse texto desenvolve essa temática de maneira fantástica. (Aliás, os dois títulos discorrem a respeito da aceitação social.)

Enfim, um livro brilhante, de um dos mais adoráveis escritores.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

"Os sete últimos meses de Anne Frank", de Willy Lindwer

Nessa tocante obra, o cineasta holandês Willy Lindwer expõe o relato de seis mulheres judias que permaneceram com Anne Frank nos campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, além de confirmar o que é dito no diário de Anne, as sobreviventes o complementam contando as suas próprias histórias, bem como o que conseguiram captar dos últimos momentos de vida da menina Frank.

Um livro comovente, cujo conteúdo revela até onde vai a maldade (e a bondade) do homem.

domingo, 5 de novembro de 2017

"As tirinhas do Guri de Uruguaiana: volume 1", de Jair Kobe

Jair Kobe, o famoso Guri de Uruguaiana, faz um humor acessível e perspicaz que, além de suavizar a vida do público por algum tempo, convida-o a refletir sobre o vigente estilo de vida do brasileiro, bem como ajuda-o a rir de si mesmo, o que é de fato importante.

Um livro verdadeiramente divertido.

domingo, 29 de outubro de 2017

"Poesia com rapadura", de Bráulio Bessa

Tive a honra de receber esse belíssimo presente da minha tia Dulce no aniversário deste ano.

Em "Poesia com rapadura", Bráulio Bessa, poeta nordestino, não fala só aos seus conterrâneos (embora se aproprie das coisas de sua região para se comunicar), mas também aos corações de todas as pessoas, versando sobre tudo aquilo que é bom na vida e não tem preço, sendo assim acessível a todos.

Uma obra de verdade para comover (e melhorar) quem tem a sorte de a ler.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

TOP 50: os livros que eu indico!

Quem me conhece sabe que gosto muito de ler e que, por isso, tenho sempre um livro junto comigo. Então, escrevi uma lista de cinquenta itens com algumas das melhores obras que já li, de modo a incentivar a leitura:

* "Quincas Borba", de Machado de Assis
* "O mulato", de Aluísio Azevedo
* "Travessuras da menina má", de Mario Vargas Llosa
* "O homem que comeu o 747", de Ben Sherwood
* "Cobertor de estrelas", de Ricardo Lísias
* "Fan-Tan", de Marlon Brando e Donald Cammell
* "O fantasma de Canterville", de Oscar Wilde
* "O osso branco", de Barbara Gowdy
* "O bigode", de Emmanuel Carrère
* "Os farsantes", de Graham Greene
* "A glória de um covarde", de Stephen Crane
* "Cartas a meu filho: reflexões sobre tornar-se homem", de Kent Nerburn
* "O condenado", de Gabriel Lacerda
* "O quinze", de Rachel de Queiroz
* "Moby Dick", de Herman Melville
* "A ilha perdida", de Margaret Mitchell
* "A cidade e as serras", de Eça de Queirós
* "A cidade em fuga", de Ana Teresa Jardim
* "O exército de um homem só", de Moacyr Scliar
* "Tenha um pouco mais de fé", de Mitch Albom
* "Uma herança preciosa", de Jim Stovall
* "Grito de guerra da mãe-tigre", de Amy Chua
* "Tempo de boas preces", de Yiyun Li
* "A letra escarlate", de Nathaniel Hawthorne
* "Assassinato no Expresso Oriente", de Agatha Christie
* "A vida secreta do Sena", de Mort Rosenblum
* "A lista de Schindler", de Thomas Keneally
* "Lad: um puro-sangue de corpo e alma", de Albert Payson Terhune
* "Marley e eu", de John Grogan
* "Juízo Final", de Sidney Sheldon
* "Tex Willer: a história da minha vida", de Mauro Boselli
* "As Minas de Salomão", de Henry Rider Haggard
* "As flores do mal", de Charles Baudelaire
* "Os pinguins do Sr. Popper", de Richard e Florence Atwater
* "Ouro", de Chris Cleave
* "O exorcista", de William Peter Blatty
* "O maior amor do mundo", de Seré Prince Halverson
* "As vinhas da ira", de John Steinbeck
* "Dever de capitão", de Richard Phillips
* "O menino do pijama listrado", de John Boyne
* "A travessia de Caleb", de Geraldine Brooks
* "Annie", de Thomas Meehan
* "O iluminado", de Stephen King
* "Os mistérios da Coroa", de Nancy Bilyeau
* "Trabalhar no paraíso pode ser um inferno", de Simon Rich
* "Escola de equitação para moças", de Anton DiSclafani
* "O fantasma da Ópera", de Gaston Leroux
* "Beleza Negra", de Anna Sewell
* "O pagador de promessas", de Dias Gomes
* "Um estranho no ninho", de Ken Kesey

Como vocês podem ver, há livros para todos os gostos. Espero que possam aproveitar essas dicas.

Até a próxima postagem!



P.S.: Acabei me esquecendo de mencionar que alguns dos meus autores favoritos não constam na lista, tendo em vista que, apesar de ter lido diversas de suas obras, não consigo determinar quais são aquelas de que mais gosto. São os casos de, por exemplo, William Shakespeare, Jane Austen, Mario Quintana, Pablo Neruda, Fernando Pessoa, Flora Figueiredo.

sábado, 14 de outubro de 2017

"O Fantasma da Ópera", de Gaston Leroux

Que obra de arte maravilhosa! Repito: que obra de arte maravilhosa!

Eu já tinha tido contato com alguns filmes de diferentes épocas e abordagens inspirados nesse famoso título da literatura francesa. E, gostando muito de vários deles, fiquei realmente interessado na leitura do livro.

Normalmente, os livros superam os filmes baseados neles. E o livro "O Fantasma da Ópera", na minha modesta opinião, é incrivelmente superior aos excelentes filmes realizados a partir dele, uma vez que Gaston Leroux explora mais os personagens, faz referências a algumas das mais célebres obras de arte da humanidade, apresenta inúmeras informações e acontecimentos nunca antes mostrados, dentre outras características.

Enfim, "O Fantasma da Ópera" já rendeu e pode render ainda outras produções dos mais diversos estilos, tamanha é a sua riqueza.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

"A vida e a obra de William Shakespeare", de Morgana Gomes

Esse livro é interessante por dar uma boa ideia da pessoa e do artista William Shakespeare. Mas, sendo uma obra simplória, peca em alguns pontos: falta de imagens; contradições aparentes; revisão descuidada. Ou seja, para os leitores que desejam ter uma noção de quem foi Shakespeare, ótimo; para os leitores que esperam algo que seja à altura desse genial artista, fraco.

domingo, 24 de setembro de 2017

"Antônio & Cleópatra", de William Shakespeare

Causou-me um certo estranhamento a leitura dessa obra, pois, por um lado, já conhecia a história por outras fontes e, por outro, reconheci características shakespearianas em uma tragédia diversa de tudo que li dele até então.

No fim, chega-se à conclusão que Shakespeare abrilhantava qualquer material, inserindo poesia, dramaticidade e humanidade ao texto.

domingo, 17 de setembro de 2017

"Hamlet, Rei Lear e MacBeth", de William Shakespeare

Eu já havia lido essas três peças de Shakespeare há alguns anos, em edições muito simpáticas, da L&PM Pocket. Contudo, ao me deparar com esse volume, contendo as três tragédias, numa edição luxuosa, belíssima e clássica da Abril, traduzida da forma mais fidedigna possível por Barbara Heliodora, não pude resistir à vontade de lê-las novamente.

Em cada um dos títulos, a traição, o jogo de interesses e a batalha por poder são abordados brilhantemente, em textos fascinantes, nos quais podemos encontrar indícios latentes daquilo que torna Shakespeare inigualável. Portanto, para quem já o admira há bastante tempo, assim como eu, um brinde ao entretenimento. E, para aqueles que ainda não o conhecem, um convite ao mundo desse genial dramaturgo e suas peças atemporais.

domingo, 10 de setembro de 2017

"Gonzaguinha & Gonzagão: uma história brasileira", de Regina Echeverria

Interessantíssimo, esse grande livro narra, em pormenores, a vida e a morte de Gonzaguinha e de Gonzagão, dois dos personagens mais importantes da MPB.

A obra surgiu para servir quase como um documento, tantas as informações nela contidas. Lamento, apenas, algumas falhas facilmente perceptíveis, como erros de diagramação, digitação e o excesso de repetições, que, inclusive, atrapalham a compreensão e a interpretação em alguns trechos.

domingo, 3 de setembro de 2017

"Trumbo", de Bruce Cook

Ao falar sobre a vida de Dalton Trumbo, um dos grandes roteiristas que o cinema já teve, Bruce Cook discorre, também, a respeito de atitudes vergonhosas tomadas pelos EUA durante a Guerra Fria, como a Lista Negra de Hollywood, e um pouco do que ocorre no mundo (e no submundo) do cinema.

Um livro muito interessante, indicado, principalmente, para quem gosta de Cinema, História e Política.

domingo, 27 de agosto de 2017

"Os crimes ABC", de Agatha Christie

Aqui, Hercule Poirot, o detetive belga, tenta encontrar o culpado por uma série de assassinatos ocorridos em ordem alfabética.

Adorável, como todos os outros livros que li da autora. No entanto, embora seja diferente em alguns pontos em relação a outras obras da Agatha Christie - o que torna "Os crimes ABC" peculiar -, prefiro vários títulos diferentes que já tive a oportunidade de ler dessa magnífica escritora, como "Assassinato no Expresso Oriente" e "Cai o pano", por exemplo.

domingo, 20 de agosto de 2017

"Jeito de ver", de Dercila Cavassola

Quando eu tinha 12 anos, tive a honra de ter como professora de Português a Dercila. Ela tem a capacidade de se tornar inesquecível para os alunos, por razões evidentes. Com ela, ou você aprende, ou aprende mais ainda. Não há como não aprender! Pois, com sua figura carismática, a profª. Dercila é firme se a situação exige e é uma amigona se sente que pode.

Na época, todos tinham pavor de suas aulas, porque era necessário aprender a todo custo, mesmo que fosse preciso utilizar o máximo de esforço. Anos depois, todos com quem estudei reconheceram que ela foi a sua melhor e mais sábia professora de Português.

E é com esse carinho que, na ocasião de seu lançamento, em 2005, adquiri a obra "Jeito de ver", uma surpresa para mim, ex-aluno, desconhecedor desse talento da minha mestra.

Agora, anos depois, relendo o livro, pude conferir novamente a qualidade de seus poemas, que, por meio de muitas reflexões propostas e o uso irretocável da Língua Portuguesa, almejam, acima de tudo, a melhora do ser humano; indivíduos mais altruístas, humildes e autocríticos, cujo objetivo maior seja a interpretação do divino, e não a ostentação do material.

"Jeito de ver", dessa maneira, é uma leitura indicada a todos que desejam crescer enquanto pessoas.

domingo, 13 de agosto de 2017

"Escola de equitação para moças", de Anton DiSclafani

Acima de tudo, "Escola de equitação para moças" é uma obra muito bem escrita, que, à parte de sua temática, fala sobre a relação com a família, a cumplicidade entre irmãos gêmeos, as expectativas criadas pelos pais a respeito do comportamento dos filhos, a pressão social perante a conduta de cada pessoa, a individualidade de cada um, a passagem do tempo, a descoberta de si mesmo, etc.

É um livro humano e agradável, que vale a pena...

domingo, 6 de agosto de 2017

"Cansei de ser gato: do capim ao sachê", de Amanda Nori e Stéfany Guimarães

Em "Cansei de ser gato", as autoras se utilizam de seu gato Chico para satirizar o mundo. Elas fantasiam o bichinho, tiram fotos dele assim, elaborando montagens divertidíssimas.

Uma obra com o verdadeiro espírito felino, sagaz e indiferente.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

"Um cão chamado Jimmy", de Rafael Mantesso

Nesse divertido livro que mistura texto verbal, fotografia e ilustração, o bull terrier Jimmy surge em situações inusitadas, realizando tudo aquilo que se passa na imaginação do seu dono.

Uma excelente obra para quem gosta de cães, fotografia, desenho e arte.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

"Como não ser um babaca: guia de etiqueta para o cotidiano", de Meghan Doherty

Esse fantástico livro mostra como não ser um babaca em praticamente todas as situações existentes, com muito bom humor e tratando as "pessoas responsáveis" como as crianças crescidas que realmente são.

Assim, ao terminar de ler a obra, o leitor chega a uma inevitável conclusão: o ser humano, de forma geral, é babaca.

Uma publicação divertidíssima e com absoluta relevância para o convívio em sociedade.

domingo, 16 de julho de 2017

"O gato do Brasil e outras histórias de terror e suspense", de Sir Arthur Conan Doyle

Nessa seleção de contos de terror e suspense de Conan Doyle, o leitor encontrará os títulos: "O funil de couro", uma narrativa sobre tortura; "A nova catacumba", uma narrativa sobre vingança; "O caso de Lady Sannox", uma narrativa sobre traição; e "O gato do Brasil", uma narrativa sobre interesse.

A escrita magnífica desse autor aumenta o fascínio proporcionado por suas macabras histórias, mostrando que nem só de mistério viveu o criador do detetive Sherlock Holmes.

terça-feira, 11 de julho de 2017

"Sala de Redação: aos 45 do primeiro tempo", de Cléber Grabauska e Júnior Maicá

Logo que eu soube do lançamento desse livro, fiquei bastante ansioso para lê-lo. Até que, fortuitamente, consegui um exemplar em um supermercado de Passo Fundo.

E a expectativa não era em vão, pois, nele, Cléber Grabauska e Júnior Maicá contam, de maneira minuciosa e respeitosa, a história do programa de rádio mais popular no Rio Grande do Sul, uma trajetória que se confunde com a da própria Rádio Gaúcha, tamanha a sua importância e sua longevidade (comemorando 45 anos, em 2016).

Além disso, os autores apropriam-se dessa tarefa sem esquecer dos protagonistas do Sala, daqueles que dão vida ao compromisso diário que, de certa forma, traz aconchego aos seus sortudos ouvintes, esmiuçando a caminhada de cada um dos influenciadores do povo.

Um livro que faz jus ao gigante SALA DE REDAÇÃO, uma entidade legitimamente gaúcha.

terça-feira, 4 de julho de 2017

"A Bossa do Lobo: Ronaldo Bôscoli", de Denilson Monteiro

Essa obra conta a trajetória do indescritível Ronaldo Bôscoli, figura importante da cultura nacional, ora fascinante, ora desprezível; ora genial, ora medíocre; ora elogiável, ora recriminável.

E, junto com a história dele, são narradas, além disso, pitadas da vida de diversas outras personalidades: Vinicius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, Elis Regina, Maysa, Nara Leão, Fagner, Miele, Roberto Carlos, Wilson Simonal, entre outros.

Ronaldo fez coisas tão legais que muita gente nem imagina. Também, fez coisas tão bizarras que deixariam a maioria das pessoas de cabelo em pé. Contudo, o fato é que Bôscoli teve a ousadia de aproveitar a vida e eternizar suas pegadas durante a sua caminhada.

Enfim, o referido livro, possuidor de mais de 500 páginas, proporcionou-me incontáveis dias de boa leitura. E, certamente, dá-me, agora, muita saudade.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

"O dia a dia do professor: como se preparar para os desafios da sala de aula", da Revista Nova Escola

Esse é o melhor livro sobre os ensinos fundamental e médio que já li, uma vez que trata com bastante coerência a respeito dos temas mais importantes para os professores nos dias de hoje: os primeiros momentos em uma nova escola; o planejamento; a gestão da sala de aula e a interação com os estudantes; a inclusão; a avaliação; a indisciplina e a autoridade; o bullying; e os relacionamentos com o pessoal da escola (colegas, direção, funcionários, alunos, familiares de alunos).

Além disso, para cada problema constatado nas salas de aula, a obra propõe soluções; o que é muito bom. Mas nem tudo é praticável, porque deve-se levar em consideração que cada professor carrega consigo seu jeito de ser, sua formação, seu estado emocional, sua condição psicológica, sua situação financeira, seu tempo para trabalhar. E tudo isso influencia na tomada de decisões e no modo de agir. Afinal, somos seres humanos, e não robôs.

Enfim, uma dica de leitura excelente para qualquer professor, acadêmico de licenciatura e, também, para qualquer pessoa interessada no assunto.

terça-feira, 20 de junho de 2017

"Um lugar no coração", de Sherryl Woods

Dos três livros que li dessa autora, esse é o título que menos me chamou a atenção, embora traga alguns temas interessantes, como: o medo de assumir um relacionamento sério e de formar família, após grandes decepções; a carreira de bombeiro; a força das mulheres que criam filhos sozinhas; a negação dos pais diante de alguns romances, o que, muitas vezes, leva a eternas separações.

Contudo, apesar de ter gostado menos de "Um lugar no coração", reconheço que ainda é uma narrativa acima da média.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

"A paixão de Liz", de Sherryl Woods

Como toda história romântica, esse livro termina com um final feliz, "mamão com açúcar". Contudo, antes disso, a autora desenvolve uma narrativa agradável, onde aborda temas como carreira docente, dislexia, preconceito, adoção, traição, abandono e perdas de familiares. E isso faz desse um título muito interessante.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

"As grandes histórias da mitologia greco-romana", de A. S. Franchini

Nesse livro, Franchini traz uma pitada da fabulosa mitologia greco-romana, cuja criatividade inspira e interessa a muitos até hoje.

terça-feira, 23 de maio de 2017

"Fábulas Chinesas", de Sérgio Capparelli & Márcia Schmaltz

Fiquei bastante surpreso com as fábulas chinesas, porque são textos que exigem maior poder de compreensão e interpretação por parte do leitor. Elas trazem ensinamentos úteis para a formação do caráter e da conduta das pessoas, sendo, assim, uma leitura curiosa e importante para qualquer indivíduo.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

"Um estranho no ninho", de Ken Kesey

"Um estranho no ninho" é um dos poucos casos que já vi de o filme ser melhor do que o livro. O que é completamente justificável, uma vez que os atores do filme são alguns dos mais sensacionais que já existiram (Jack Nicholson, Danny DeVito, Christopher Lloyd e Brad Dourif, só para citar alguns) e o roteiro parece ser o livro melhorado. Isto é, não é que o livro seja ruim. Longe disso! O filme que é sensacional!

***

Sinopse: Em um hospício comandado por uma enfermeira megera, cujos pacientes são oprimidos por seu regime ditatorial, surge R. P. McMurphy, um pilantra se fingindo de lunático, que luta sozinho contra o sistema. Aos poucos, McMurphy dá voz e vez aos outros doidos, e cabe à enfermeira conter os ânimos dentro da instituição. Quem vencerá? A enfermeira Ratched ou o maluco McMurphy?

quarta-feira, 10 de maio de 2017

"Amigas para sempre", de Sherryl Woods

O livro "Amigas para sempre", de Sherryl Woods, aborda temas muito relevantes: a fuga do essencial, como família e amigos, quando se busca um sonho/ilusão; a violência doméstica, quando a esposa se intimida frente a um contexto de brutalidade; a negação de uma paixão, quando não se dá oportunidade a alguém que nos admira; entre outros.

Além disso, é uma obra bem escrita e de agradável leitura, capaz de fascinar até quem não gosta de ler.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

"Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá", de Lewis Carroll

Nesta continuação de "Aventuras de Alice no País das Maravilhas", a menina Alice atravessa um grande espelho que há em sua casa e chega ao Mundo do Espelho, habitado por figuras marcantes, como Tweedledum e Tweedledee, e Humpty Dumpty, às quais dou destaque.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

"Aventuras de Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll

Misturando a fantasia das brincadeiras e dos sonhos infantis com filosofia e crítica social, "Alice no País das Maravilhas" tornou-se um dos maiores clássicos da história da Arte, já que foi adaptado a vários meios artísticos. Em suas muitas camadas, o livro agrada (e surpreende) leitores de diversas idades.

Uma leitura (quase) obrigatória e (certamente) imperdível.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

"Ansiedade: como enfrentar o mal do século", de Augusto Cury

Aqui, Augusto Cury discorre a respeito do mal do século que, segundo ele, antes da depressão, é a Síndrome do Pensamento Acelerado, causadora, entre outros males, da ansiedade.

Para isso, utiliza-se de um texto de fácil leitura e argumentos incontestáveis, revelando a doença que se tornou o estilo de vida moderno e como é possível "se vacinar" contra alguns comportamentos cotidianos.

Um livro muito importante de ser lido.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

"O Cruzeiro Imperial", de James Bradley

"O Cruzeiro Imperial" é uma obra instigante, por mexer em algumas feridas históricas dos EUA e revelar o início de comportamentos venerados até hoje por parte de seu povo e de seus políticos.

Um livro destinado a quem gosta de política e história.

quarta-feira, 29 de março de 2017

"O Presente do meu Grande Amor: Doze Histórias de Natal"

Esse livro parecia algo diferente do que realmente é. Sua capa quase retrô e sua proposta natalina me criaram a expectativa de que conteria histórias natalinas tradicionais, previsíveis e de grande beleza. Contudo, seus doze contos são bem diversificados e lembram pouco as mais clássicas narrativas de Natal.

Dos doze, cinco contos me chamaram a atenção:

1° "Anjos na neve", de Matt de la Peña.
2° "Bem-vindo a Christmas, Califórnia", de Kiersten White.
3° "Que diabo você fez, Sophie Roth?", de Gayle Forman.
4° "É um milagre de Yule, Charlie Brown", de Stephanie Perkins.
5° "Baldes de cerveja e Menino Jesus", de Myra McEntire.

Recomendo, de verdade, essa obra para meus alunos adolescentes, que a apreciarão muito mais do que eu.

terça-feira, 14 de março de 2017

"Beleza Negra", de Anna Sewell

O livro "Beleza Negra" é muito triste. Isso ocorre porque ele retrata tudo de bom e de mau que o ser humano fez (faz) com os cavalos; no livro, na época das carruagens. E é claro que há mais coisas ruins.

A obra é narrada pelo cativante equino chamado Beleza Negra, contando a sua biografia, por assim dizer. E a sua história emociona a qualquer um que tenha um pouco de sensibilidade.

"[...] Tirando a maldade, a ignorância é a pior coisa do mundo. [...]" (Trecho da obra)

quarta-feira, 1 de março de 2017

"O pagador de promessas", de Dias Gomes

Fiquei maravilhado com a peça "O pagador de promessas". Ela retrata, da forma mais adequada possível, tudo o que o ser humano pode fazer de mau. O homem do campo, ao entrar em contato com a sociedade urbana, é explorado, juntamente com a sua esposa, até não haver mais vestígio da sua inocência, da sua pureza.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

"Aroma hortelã", de Joselma Noal

Fui aluno da Joselma na minha graduação em Letras e aprendi muito com essa peculiar figura, intrigante e boníssima.

Além disso, em minhas incursões pela poesia, tive nela uma sincera incentivadora, que me motivará, juntamente com os sensacionais professores Aida Teston, Neivo Zago e a finada Vera Sass, provavelmente até o fim dos meus dias.

***

Em seu livro de contos "Aroma hortelã", por meio de personagens diversificados e textos bem construídos, Joselma fala, sobretudo, de indivíduos em busca de libertações, tratando a respeito de temáticas sofredoras de forte preconceito em nossa sociedade. São personagens agindo como pessoas, e não como personagens, se é que vocês me entendem (?).

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

"Não nascemos prontos!", de Mario Sergio Cortella

Ganhei essa obra da minha amada e admirada tia Reny, que tanto me incentivou para o lado das letras desde muito cedo. Foi essa a pessoa que inspirou a formação de vários - e competentes - professores na família.

Após diversos anos, mais maduro, resgatei de uma gaveta esse presente, onde estava preciosamente guardado, e o reli com atenção.

Pois, depois de enjoarem um pouco de Paulo Freire, perece-me que as pessoas que comandam a educação - e não aqueles que a fazem - adotaram o Cortella como o seu mais novo guru-mor.

E, realmente, ele propõe reflexões maravilhosas. Mas é uma pena que, em se tratando de educação e de conduta humana, fala-se em excesso e chega-se sempre às mesmas conclusões, bordadas em verdades estampadas e mudanças invisíveis.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

"Recados disfarçados", de Iris Abravanel

Comprei esse livro por dois motivos: estava em promoção na Jequiti e fiquei curioso para saber que tipo de crônicas escreve a esposa do formidável Sílvio Santos.

Logo que a encomenda chegou, comecei a lê-lo. E fiquei tão encantado com a simplicidade e a sinceridade dos seus textos que solicitei outros para presentear pessoas queridas.

Pois, em seus recados nem tão disfarçados, Iris Abravanel mostra que há um ser humano por baixo da celebridade, comentando temas pertinentes a qualquer pessoa comum.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

"Anna de Assis: História de um trágico amor", de Judith Ribeiro de Assis e Jeferson de Andrade

Esperava pouco desse livro, que peguei mais por ser (ou estar) barato do que por ter achado interessante. Mas ele me surpreendeu, já que é um título que prende o leitor pela sua temática real, por apresentar textos e documentos históricos, por mostrar diversos pontos de vista sobre um mesmo assunto e por seu teor e estilo cativante.

Assim, recomendo essa obra para quem gosta de História, Literatura, Direito, Paixão e Amor.