domingo, 20 de outubro de 2019

"Emma", de Jane Austen

- Título: “Emma”
- Autora: Jane Austen
- Editora: Lafonte (SP)
- Ano de lançamento: 2018
- Nº. de páginas: 478


Lançado originalmente em 1815, “Emma” foi o último romance publicado em vida por Jane Austen. A obra tem por foco a personagem-título, uma jovem da aristocracia rural que, sem muitas atividades além da tarefa diária de acompanhar o pai já idoso, formula casais dentre as pessoas pertencentes ao seu meio social. Esse “divertimento” nem sempre dá certo, o que coloca Emma em situações constrangedoras e mexe com os sentimentos das moças e dos rapazes envolvidos na confusão.

O livro apresenta a perspicaz e admirável análise social elaborada por Jane Austen. Retrata, também, as diferenças sociais entre as pessoas, revelando as variações de importância entre indivíduos e famílias.

Há, ainda, características recorrentes a personagens existentes em outros títulos pertencentes à bibliografia da autora, tal qual o Sr. Knightley, cujo bom senso representa a razão no decorrer da narrativa e, creio eu, a voz de Jane Austen.

Para mim, é um livro excelente, pois reúne elementos de análise comportamental, de romance histórico, de suspense e de reviravoltas, condições que valorizam muito um texto. Outrossim, a construção de personagens verossímeis e carismáticos mantém o bom andamento da história.

Por tudo isso, “Emma” é recomendado para aqueles que gostam de boas leituras românticas, com envolventes figuras dramáticas, com os quais há várias passagens em que se esmiúça os seus estados psíquico e emocional, sem falar do exame da conduta destes, o que constitui, inclusive, o estudo do funcionamento da sociedade em que a autora se encontrava inserida.


- Jane Austen (1775-1817), nascida em Hampshire, na Inglaterra, começou a escrever muito jovem e, hoje, é considerada uma das principais romancistas inglesas. “Orgulho e Preconceito”, “Razão e Sensibilidade”, “A Abadia de Northanger”, “Emma” e “Persuasão” são alguns de seus principais livros.

domingo, 6 de outubro de 2019

"O Mágico de Oz", de Lyman Frank Baum

Fiquei muito curioso quando me deparei com essa edição com o texto integral de "O Mágico de Oz" em uma livraria, pois a riqueza dos originais perante as adaptações é imensurável, tanto pela quantidade de detalhes que se pode analisar quanto pelas mensagens subentendidas ao longo da narrativa.

E Frank Baum reforça aquilo que sempre pensei: quando se escreve para crianças, na realidade, escreve-se, talvez inconscientemente, para adultos (tendo em vista que não se quer que os futuros adultos cometam os mesmos erros ou se frustrem tanto como os atuais adultos). Nesse sentido, são fantásticas as colocações que o autor faz a respeito da ausência/presença de razão e de sensibilidade nas pessoas. Também, salienta a mensagem de que todos têm algo de especial e são capazes. E, posteriormente, de maneira sutil, desenvolve as seguintes ideias: mesmo que se tenha cérebro, é preciso saber como usá-lo; todos têm medo diante do perigo, portanto a coragem existe nas ocasiões em que se enfrenta esse medo; bem como, o coração só deixa os indivíduos infelizes. O que permite reflexões produtivas a um leitor mais atento.

Enfim, "O Mágico de Oz" é uma obra inesgotável e fundamental, pois, além de fazer parte do imaginário de todos aqueles que têm pelo menos um pouquinho de cultura, sempre tem muito a acrescentar aos leitores de qualquer faixa etária.