sexta-feira, 30 de agosto de 2024

"Ninguém sabe o que é um poema", de Ricardo Azevedo

Escrito e ilustrado por Ricardo Azevedo, "Ninguém sabe o que é um poema" faz com que qualquer leitor termine a leitura sabendo o que é um poema, pois é uma verdadeira aula de poesia.

O livro apresenta 38 poemas sensíveis e cativantes, onde, de forma lúdica e criativa, o autor esmiúça o ser humano e a sua sociedade.

Além disso, ao final, a obra traz um suplemento literário no qual explica sobre a origem da poesia, o porquê das rimas, a relação com a música, a ligação com a cultura popular, bem como apresenta o escritor e uma interessante entrevista com ele.

Certamente, "Ninguém sabe o que é um poema" é um dos meus livros favoritos de poesia e deveria estar presente em todas as bibliotecas brasileiras.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

"Viva e deixe morrer", de Ian Fleming

Um dos filmes mais badalados da franquia 007, incluindo a sua música de abertura, executada pela banda de Paul McCartney, o livro "Viva e deixe morrer" é tão empolgante e vibrante quanto a obra cinematográfica.

Segundo volume escrito por Fleming sobre sua célebre criatura, o espião inglês James Bond, publicado originalmente em 1954, "Viva e deixe morrer" narra a missão em que o agente 007 deve combater o gângster Mr. Big, que, dentre outros delitos, tomou posse de um lendário tesouro e o está inserindo aos poucos no mercado, de maneiras bem criativas. Nesse ínterim, Bond conhece a bela Solitaire, uma espécie de vidente a serviço do criminoso.

É uma leitura interessante e excelente, muito embora choque atualmente pelo posicionamento racista do autor, cujos traços já tinha percebido em outros títulos por ele redigidos, o que é parcialmente explicado pela época -- embora nada justifique esse crime.

Por outro lado, para aqueles que acompanham a sequência dos filmes envolvendo esse protagonista, é agradável e curioso perceber as evoluções de histórias e de personagens, além da quebra de preconceitos e estereótipos presentes no (de)correr do tempo.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

"Júlio César", de William Shakespeare

Que maravilhosa peça de Shakespeare! Nela, o autor inglês não só narra um trecho significativo da História do Império Romano, como também monta uma das obras de arte mais ricas e relevantes que já existiu.

Os diálogos são magistrais e encantadores, repletos de falas antológicas. Tudo está em seu devido lugar -- assim como o seu autor, o maior dramaturgo de todos os tempos.

Aqui, o personagem Júlio César aparece pouco, mas tudo gira em torno dele -- da sua influência, dos seus traidores, dos seus amigos fiéis, do César que foi enorme mesmo quando morto.

Magnífico!