domingo, 18 de outubro de 2020

"A dama de espadas", de Alexandre Pushkin

"A dama de espadas" é uma pequena narrativa russa que envolve mistério, misticismo, romance e drama.

Trata-se de uma leitura divertida, que delicia por sua inteligência e simplicidade.

Pushkin nos insere num enredo em que as coisas nem sempre estão sob controle e não é recomendável abusar da sorte. Ou seja, duas sentenças indicadas para todas as pessoas.

domingo, 4 de outubro de 2020

"O Homem", de Aluísio Azevedo

Surpreendente este romance sobre histeria, de Aluísio Azevedo. Mistura elementos românticos e naturalistas com pitadas de fantasia e horror. É quase um grande terror psicológico, como "O Iluminado".

Em meio aos dramas, delírios e caprichos de Magdá, Aluísio analisa os estilos de vida da alta sociedade e dos trabalhadores mais simples; estampa o jeito de agir da medicina; estuda os segredos mais íntimos que as pessoas são capazes de sustentar; registra os malefícios de certas regras sociais; e deleita de verdade os seus leitores.

Um livro recomendadíssimo a quem admira a boa e velha literatura.

domingo, 20 de setembro de 2020

"Caninos Brancos", de Jack London

"Caninos Brancos" é um livro impressionante e moderno, apesar dos seus mais de cem anos. A história, que possui várias adaptações, inclusive para o cinema, trata a respeito de um cão meio lobo (ou de um lobo meio cão), o seu surgimento, as suas descobertas, enfim, tudo pelo que ele passa.

Ao falar sobre Caninos Brancos, que é o nome do animal supracitado, Jack London expressa os mais íntimos sentimentos e comportamentos do ser humano - o que eu considero maravilhoso.

A obra encanta há décadas, influencia muitos outros títulos até hoje e é indicada para quem gosta de animais, de histórias emocionantes, bem como de análises comportamentais e psicológicas.

Uma excelente leitura! Um dos meus favoritos!

domingo, 6 de setembro de 2020

"Cândido ou O Otimismo", de Voltaire

Muito bom este livro do filósofo Voltaire! Por meio de uma narrativa divertida e bastante crítica, o autor trata sobre a natureza do ser humano e o funcionamento do mundo.

Na história, o ingênuo Cândido passa por inúmeras dificuldades por conta de pessoas mal-intencionadas, em desventuras ao redor do globo terrestre, sempre em busca de sua bela amada Cunegundes e de fatos e indivíduos que comprovem a superestimada teoria otimista do seu ídolo, o filósofo Pangloss.

Sendo assim, a obra reserva ao leitor reflexão, diversão e admiração.

domingo, 23 de agosto de 2020

"Uma lágrima de mulher", de Aluísio Azevedo

 "Uma lágrima de mulher", primeiro romance do brilhante Aluísio Azevedo, é tão relutante e atrevido, tão empolgado e temeroso, como um primeiro beijo apaixonado.

A obra em si é notavelmente mais fraca do que os consagrados títulos do autor. Aqui, um relacionamento entre um jovem desgraçado e uma moça pura (que, de uma hora para a outra, torna-se extremamente dissimulada) é narrado em meio a pontos altos e baixos na escrita; momento desinteressantes, enrolados e desnecessários, e outros bem desenvolvidos, revelando o enorme talento que estava amadurecendo no escritor.

Em suma, uma leitura importante de ser feita, mas que não me acrescentou nada, a não ser o seu conhecimento em minha bagagem cultural.

domingo, 9 de agosto de 2020

“A Lenda”, de Kurpag, M.

 A estimulante obra “A Lenda” trata sobre temas sempre pertinentes: diferença de recursos (e atenção) destinados a capitais e, por outro lado, a distritos esquecidos e pobres; informações corretas e concretas, em comparação com as crendices, boatos e mentiras em que alguns vivem imersos; o individualismo crescente em nosso mundo, levando a empatia a ser um dos temas mais atuais. E tudo isso o autor aborda em dois interessantes eixos, os quais permeiam a maior parte do livro: a desigualdade social e a confusão mental.

“A Lenda” apresenta, também, um bom fluxo narrativo, uma escolha vocabular notável, assim como a dose certa de suspense em diversos momentos.

Dessa forma, o livro em questão vale muito a pena, tendo em vista que diverte, propõe reflexões e permite que o leitor analise o seu próprio comportamento. 

domingo, 26 de julho de 2020

"O mandarim", de Eça de Queiroz

Excelente essa história curta do Eça! Por meio de uma narrativa instigante, o brilhante escritor português tece várias críticas à sociedade, adentra o curioso terreno oriental, mostra o quanto as pessoas valorizam os bens materiais, reforça que a posse não nos torna melhores nem mais felizes, assim como salienta que nada de bom surge da exploração de outros indivíduos (ou outros povos):

"Só sabe bem o pão que dia a dia ganham as nossas mãos: nunca mates o Mandarim!"

"[...] nenhum Mandarim ficaria vivo, se tu, tão facilmente como eu, o pudesses suprimir e herdar-lhe os milhões, ó leitor, criatura improvisada por Deus, obra má de má argila, meu semelhante e meu irmão!"