sábado, 29 de outubro de 2022

"Meu avô e eu", de Telma Guimarães

Voltada ao público infanto-juvenil, esta obra trata sobre a vida dos idosos nos asilos e o tratamento destinado a eles pela famílias. O livro fala da existência em seu crepúsculo, da saudade, do abandono, mas também da eterna criança interior, da empatia e da atenção destinada ao outro.

Uma leitura sublime!

sábado, 15 de outubro de 2022

"As velhinhas de Copacabana e outras 49 crônicas que gostei de escrever", de David Coimbra

Este volume, escrito pelo finado David Coimbra, apresenta, como o próprio título diz, cinquenta crônicas redigidas pelo autor. A obra contempla textos de diferentes épocas, elaborados em variados lugares e abordando temas diversos, embora os primeiros possuam temática litorânea e/ou turística.

Tais crônicas revelam a perspicácia, a inteligência e o bom humor típicos do David. E, certamente, compõem um dos livros mais agradáveis que já li na vida.

sábado, 1 de outubro de 2022

"O mundo perdido", de Arthur Conan Doyle

"O mundo perdido", marcante obra de aventura e ficção científica, é digna de Arthur Conan Doyle. A narrativa apresenta-se moderna, vibrante e precisa. O autor, ao longo do texto, pondera bem cada asserção e tem sacadas formidáveis. E, apesar de toda a fantasia da suposta existência de um platô em meio à Amazônia, contendo espécimes pré-históricas, surpreendeu-me demais o conhecimento de Conan Doyle a respeito do Brasil, de sua geografia, dos nomes possíveis que deu aos personagens, e a percepção do funcionamento do país em seus diversos aspectos.

Sendo assim, "O mundo perdido" pode ser considerado um livro, no mínimo, impressionante. E, tendo lido o livro por conta do filme homônimo de 1925, considero que, sendo ambas obras de extrema relevância, a literária traz bem mais experiências ao leitor do que a cinematográfica, a qual, levando-se em conta a época em que foi produzida, é incrível e inovadora até hoje.

sábado, 17 de setembro de 2022

"Uns papéis que voam", de Flávio José Cardozo

"Uns papéis que voam", do catarinense Flávio José Cardozo, contém cinquenta e oito crônicas e contos, incluindo o texto que empresta seu título ao livro, e revela a versatilidade desse premiado escritor. O autor versa a respeito de todo e qualquer assunto, numa toada característica da boa e velha crônica brasileira.

Os textos são criativos e irreverentes, mas, por vezes, antigos/antiquados, tendo em vista que vários deles traduzem uma linha de pensamento que não nos cabe mais, apresentando algumas formas de preconceito, o que, considerando a época de sua produção, é um aspecto condenável porém compreensível.

Portanto, em termos gerais, é um livro que surpreende e deleita o leitor, além de fazê-lo pensar.

sábado, 3 de setembro de 2022

"Papai punk: sem regras, só a vida real", de Jim Lindberg

Comprei este livro simplesmente por ter sido escrito por Jim Lindberg, vocalista da banda norte-americana Pennywise, cujas músicas gosto demais desde criança. E foi uma surpresa muito boa. 

No que concerne ao "papai", é realmente interessante ler sobre o que ele pensa a respeito da paternidade e da educação dos filhos. E, em relação ao "punk", há bastante material propondo reflexões super pertinentes a qualquer pessoa minimamente culta, isso sem contar com a identificação que certamente tive.

sábado, 20 de agosto de 2022

"Ultraje a Rigor: Nós vamos invadir sua praia", de Andréa Ascenção

Muito interessante esta biografia sobre a genial banda brasileira Ultraje a Rigor. Nela, Andréa Ascenção conta a história de cada integrante do grupo, esmiuçando cada formação e o sentimento desses personagens na época; discorre a respeito do contexto do rock a cada período pelo qual o conjunto passou, trazendo preciosidades como uma narração sobre o surgimento do punk no Brasil e fora dele, dentre os sons e movimentos que influenciaram o Ultraje; descreve descompromissadamente (ou naturalmente) o cenário social, político e cultural de cada época; e traz depoimentos reveladores e enriquecedores dos componentes da banda e de outros músicos. Enfim, a obra pormenoriza o Ultraje a Rigor sob todos os aspectos.

Além disso, este belo volume contém diversas fotografias, mostrando os vários períodos da banda e as capas dos discos, bem como as letras das músicas.

Por isso, é um livro agradável a todos que simpatizam com esse grupo, com o rock de modo geral, ou para aqueles que se interessam pela música no Brasil.

sábado, 6 de agosto de 2022

"Misery: louca obsessão", de Stephen King

Assisti ao filme "Louca obsessão" quando ainda era uma criança pequena. Lembro dele até hoje, daquele suspense marcante, com brilhantes atuações de Kathy Bates (que aprendi a admirar desde aquele momento) e do James Caan.

Então, assim que vi a oportunidade de conseguir este livro para ler, fiquei empolgadíssimo. 

A minha surpresa foi que o livro faz o inesquecível filme de outrora parecer fraco e superficial. A obra escrita, enfim, é genial. Ao narrar a história de um escritor que sofre um acidente automobilístico e é resgatado por uma fã nem tão agradável assim, Stephen King cria personagens verossímeis e adoráveis, uma situação muito instigante, bem como uma analogia feita de forma notavelmente perspicaz: o público tem o escritor na mão por conta do esforço deste em agradá-lo; o público poda o escritor, pois sua ignorância força o artista a produzir obras mais comerciais e menos densas do que poderia para, dessa forma, poder sobreviver da arte/cultura.

E, se não bastasse isso, dos títulos que li desse autor, considero o mais bem escrito. Percebe-se facilmente a intenção de Stephen King em dar um recado, em mostrar o que deveras sente.