terça-feira, 30 de janeiro de 2018

"O mercador de Veneza", de William Shakespeare

"O mercador de Veneza" traz ao público um misto de comédia, tragédia, drama, suspense, romance, terror.

A história é centrada em dois fatos (dentre outros): a bela Pórcia e seus vários pretendentes; assim como o mercador Antônio e sua dívida com o judeu Shylock.

Além de outros fatores, chamaram a minha atenção: a discussão sobre a virtude (ou a falta dela) por parte dos judeus, o que de certa forma já alimentava o preconceito que culminou com o holocausto, no século XX; e algumas das falas mais citáveis da obra shakespeariana.

Na minha opinião, um das peças mais elogiáveis desse gênio da humanidade.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

"Doutor Miragem", de Moacyr Scliar

A história de "Doutor Miragem" é narrada de forma confusa (pois intercala, de maneira "embolada", acontecimentos de diferentes épocas ocorridos com as personagens), mas coerente com aquilo que é contado.

Nela, misturando drama, crítica, comédia, fantasia e erotismo, Scliar revela alguns dos pontos mais polêmicos, difíceis e não tão elegantes e fascinantes da Medicina, utilizando-se, para a referida tarefa, das desventuras do pobre coitado Ramão e do fracassado médico Felipe.

É um livro que vale a pena ser lido, uma vez que agarra o leitor pelo texto presente em suas páginas, chocante, engraçado, surreal, entre outros atributos.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

"O melhor de mim", de Paulo Sant'ana

O finado Paulo Sant'ana divagava. Divagava sobre assuntos importantes, do dia-a-dia, e a respeito de suas viagens, pelo mundo e por ele próprio. Falava aquilo que as pessoas gostavam de ouvir e que, na maioria das vezes, não soava politicamente correto.

Assim, utilizando-se de seus devaneios e ideias polêmicas, Sant'ana construía textos recheados de marcas particulares, crônicas que só ele sabia elaborar, com argumentos de uma filosofia popular e peculiar, vocabulário elegante mas ferino e coesão típica daqueles que expressam no papel tudo o que realmente passa pela sua mente e pelo seu coração.

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Nesse livro, presente que recebi de meu muito amado irmão, o autor elencou 64 de suas crônicas publicadas no jornal Zero Hora, organizando-as em três temáticas diversas: amor, convivência e existência. Portanto, é uma ótima forma de recordar desse personagem gaúcho, com o qual o povo se acostumou a passar seus dias, acompanhando-o no jornal, no rádio, na televisão e nos vários locais onde se podia encontrá-lo.