Em sua autobiografia, Alice Jamieson conta como sofreu todos os tipos de abuso por parte de seu próprio pai, durante sua infância e adolescência. Como consequência, como uma espécie de proteção, para não ter de lidar com essa realidade terrível e inimaginável, Alice desenvolveu o TDI/TPM, ou seja, Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) ou Transtorno de Personalidade Múltipla (TPM).
Além disso, no livro, a autora mostra o quanto as experiências da infância e da adolescência nos determinam. Revela, também, como a visão de mundo de alguém que carrega traumas (mais ou menos) profundos desde a infância é alterada para o resto de sua vida, muitas vezes de forma irreversível.
Por tudo isso, considero “Hoje eu sou Alice” como uma obra triste, perturbadora, mas que escancara o pior e o melhor do ser humano, tornando-se uma leitura cativante e profundamente construtiva.
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