Antes de realizar a leitura deste livro, não conhecia nada sobre Júlia Lopes de Almeida, escritora brasileira da transição do século XIX para o XX, e sua obra.
Confesso que "A intrusa" me surpreendeu. A história se passa num ritmo similar ao que Machado de Assis empregava em seus escritos e é quase uma crônica da vida carioca na época, pois a autora nos permite viajar para o contexto vivido nas linhas que traçou.
O texto é, por vezes, realista; por outras ocasiões, romântico. Alguns personagens são adoráveis; outros, detestáveis. Júlia, assim como retrata o pensamento da época, dá sinais de estar à frente do seu tempo.
Aqui, Lopes de Almeida discorre a respeito de um viúvo que, a pretexto de melhor organizar sua atribulada vida, contrata uma misteriosa governanta, com a condição de jamais vê-la - para que não corresse o risco de quebrar o juramento feito à sua finada esposa: nunca mais apaixonar-se; nunca mais casar-se.
Verdadeiramente, um título cativante e delicioso de ser lido.
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