sexta-feira, 22 de novembro de 2024

"Poltrona 27", de Carlos Herculano Lopes

"Poltrona 27" é um romance fascinante. Nele, o autor narra as experiências do protagonista Carlinhos, que realiza inúmeras viagens de ônibus entre Belo Horizonte e Santa Marta. Durante essas viagens, Carlinhos encontra diversos personagens e ouve suas histórias, formando um rico mosaico de narrativas. O autor utiliza esse belo mote para criar páginas e mais páginas de vivências inenarráveis.

Sendo assim, essa obra é uma autoficção muito agradável, revelando de forma verossímil aspectos importantes da formação do povo brasileiro.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

"A Ampulheta e Outras Peças", de W. B. Yeats

Este pequeno volume, publicado pela Editora Peixoto Neto, apresenta três peças do poeta irlandês William Butler Yeats.

"A Ampulheta" trata de forma magistral a respeito da dicotomia entre Ciência e Religião.

"Cathleen Ni Houlihan" traz ao público o contexto histórico (Rebelião Irlandesa de 1798) e muita simbologia.

Por sua vez, "Uma panela de caldo" é uma peça bem engraçada que demonstra o poder da persuasão e da manipulação.

Em resumo, todos os títulos são agradáveis e inteligentes, além de breves e instigantes. Ou seja, a leitura é fácil, rápida, mas, nem por isso, pobre e superficial.

Posso dizer, então, que adorei os textos dramáticos do lírico Yeats.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

"Lua Mentirosa", de Ben Pastor

"Lua Mentirosa” é um romance policial ambientado na Itália fascista, em 1943. Nele, o anti-herói Martin Bora, um oficial nazista, e o detetive italiano Sandro Guidi recebem a missão de investigar a morte de Vittorio Lisi, um político corrupto de Verona. A narrativa é bem conduzida e cativa o leitor. A história, ao longo de suas páginas, é enriquecida por detalhes interessantes do contexto da época. Não é um livro ruim, e não me arrependo de tê-lo concluído. Contudo, achei-o morno e cadenciado demais. Talvez eu só não tenha sabido como curti-lo. 

sábado, 12 de outubro de 2024

"Democracia Tropical: Caderno de um Aprendiz", de Fernando Gabeira

Nesta obra, Fernando Gabeira, um personagem marcante da política e do jornalismo brasileiros, comenta, sob sua óptica perspicaz, a respeito da governança nacional, compreendendo o período que vai dos movimentos pela redemocratização até os anos seguintes após o impeachment de Dilma Rousseff.

O autor constrói essa "narrativa" alternando artigos de opinião que escreveu para alguns dos mais importantes jornais do país e reflexões que registrou em um caderno de anotações, no qual Gabeira rememora o passado, avalia o presente e projeta o futuro.

"Democracia Tropical", portanto, é um livro indicado para aqueles que desejam, assim como seu elaborador, pensar de maneira ponderada a respeito desse carro alegórico desgovernado que se tornou a política brasileira - ou o próprio Brasil.


sábado, 28 de setembro de 2024

"Meninos em fúria: e o som que mudou a música para sempre", de Marcelo Rubens Paiva e Clemente Tadeu Nascimento

Sou suspeito em falar a respeito da qualidade deste livro, pois sempre fui um grande admirador de Clemente Tadeu Nascimento, líder da banda paulista de punk rock Inocentes. A obra não conta só a história desse ícone, mas também do escritor Marcelo Rubens Paiva, de "Feliz Ano Velho", assim como de todo o contexto em que viveram, o que nos ensina muito sobre o Brasil durante e após o regime militar.

Além disso, quem lê esse livro, de agradável leitura, descobre as razões que fazem grupos como o Inocentes serem boicotados e, por vezes, se autoboicotarem, o que é realmente lamentável.

Um título fundamental para quem gosta de rock brasileiro (principalmente punk rock) dos anos 80.


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

"A Revolução dos Bichos", de George Orwell

"A Revolução dos Bichos" é um livro genial em todos os aspectos. Nele, George Orwell nos fala de uma fazenda cujos animais, cansados da exploração que sofriam por parte dos seres humanos, decidiram se rebelar e tomar posse da propriedade.

A história é narrada como um conto de fadas, conforme o seu próprio subtítulo sugere. Ou seja, é escrita de modo simples, agradável e acessível a qualquer leitor. Contudo, apesar da linguagem aparentemente inocente, George Orwell proporciona ao público inúmeras camadas de leitura. Assim, a obra é capaz de atrair as mais diversas pessoas, satisfazendo diferentes níveis de intelecto; e, ao que parece, o autor faz isso de modo extremamente natural. Pois "A Revolução dos Bichos" soa como uma produção de rara inspiração, surgida para ter sentido, infelizmente, em qualquer época.

De fato, um dos melhores livros que já tive a oportunidade de ler.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

"Ninguém sabe o que é um poema", de Ricardo Azevedo

Escrito e ilustrado por Ricardo Azevedo, "Ninguém sabe o que é um poema" faz com que qualquer leitor termine a leitura sabendo o que é um poema, pois é uma verdadeira aula de poesia.

O livro apresenta 38 poemas sensíveis e cativantes, onde, de forma lúdica e criativa, o autor esmiúça o ser humano e a sua sociedade.

Além disso, ao final, a obra traz um suplemento literário no qual explica sobre a origem da poesia, o porquê das rimas, a relação com a música, a ligação com a cultura popular, bem como apresenta o escritor e uma interessante entrevista com ele.

Certamente, "Ninguém sabe o que é um poema" é um dos meus livros favoritos de poesia e deveria estar presente em todas as bibliotecas brasileiras.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

"Viva e deixe morrer", de Ian Fleming

Um dos filmes mais badalados da franquia 007, incluindo a sua música de abertura, executada pela banda de Paul McCartney, o livro "Viva e deixe morrer" é tão empolgante e vibrante quanto a obra cinematográfica.

Segundo volume escrito por Fleming sobre sua célebre criatura, o espião inglês James Bond, publicado originalmente em 1954, "Viva e deixe morrer" narra a missão em que o agente 007 deve combater o gângster Mr. Big, que, dentre outros delitos, tomou posse de um lendário tesouro e o está inserindo aos poucos no mercado, de maneiras bem criativas. Nesse ínterim, Bond conhece a bela Solitaire, uma espécie de vidente a serviço do criminoso.

É uma leitura interessante e excelente, muito embora choque atualmente pelo posicionamento racista do autor, cujos traços já tinha percebido em outros títulos por ele redigidos, o que é parcialmente explicado pela época -- embora nada justifique esse crime.

Por outro lado, para aqueles que acompanham a sequência dos filmes envolvendo esse protagonista, é agradável e curioso perceber as evoluções de histórias e de personagens, além da quebra de preconceitos e estereótipos presentes no (de)correr do tempo.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

"Júlio César", de William Shakespeare

Que maravilhosa peça de Shakespeare! Nela, o autor inglês não só narra um trecho significativo da História do Império Romano, como também monta uma das obras de arte mais ricas e relevantes que já existiu.

Os diálogos são magistrais e encantadores, repletos de falas antológicas. Tudo está em seu devido lugar -- assim como o seu autor, o maior dramaturgo de todos os tempos.

Aqui, o personagem Júlio César aparece pouco, mas tudo gira em torno dele -- da sua influência, dos seus traidores, dos seus amigos fiéis, do César que foi enorme mesmo quando morto.

Magnífico!

sábado, 20 de julho de 2024

"...E o vento levou", de Margaret Mitchell

"...E o vento levou" é inegavelmente uma das obras de arte mais grandiosas já criadas. Toda a vez que vejo o filme de 1939 fico extasiado. E agora, ao ler o livro que o inspirou, devorei com voracidade cada uma de suas inúmeras páginas.

"...E o vento levou" é completo: tem romance, comédia, terror, drama, suspense. Romance histórico. Romance de guerra. Romance romântico. Romance realista. Mostra a humanidade. Mostra a crueldade. Mostra as pessoas como são e, também, como aparentam ser.

Margaret Mitchell concebeu uma obra-prima eterna, pois foi uma das poucas escritoras que, apesar de tratar sobre um período importante da História dos EUA, conseguiu alcançar a essência do ser humano e da sua sociedade. É "O Tempo e o Vento" dos americanos! Mas, como tudo o que é feito por eles, é dado muito mais valor e é oferecido com mais interesse ou competência.

"...E o vento levou" dá o que pensar! A respeito dos preconceitos apresentados, sobre o comportamento das pessoas. Não acho, por exemplo, que seja uma narrativa racista. Creio somente que a autora retratou os fatos conforme o pensamento das épocas (do tempo em que se passam os acontecimentos e do momento histórico no qual escreveu esse volume). Além disso, seu conteúdo é tão rico que permite ao leitor questionar as versões oficiais, estudar mais e refazer certos conceitos.

Portanto, penso que "...E o vento levou", essa contribuição cultural elaborada com tanto cuidado, que daqui a alguns anos completa seu centenário, deve ser (re)lida, (re)vista, comentada, debatida, mas nunca condenada nem julgada friamente pela questionável ótica destrutiva adotada atualmente. 

sábado, 6 de julho de 2024

"A Vida do Rei Henrique V", de William Shakespeare

Nesta peça de teor histórico, escrita pelo inglês William Shakespeare, o leitor encontrará não só parte da Guerra dos Cem Anos retratada (do ponto de vista britânico, é lógico), mas também, poesia, comédia, romance e filosofia, as quais temperam a narrativa como somente esse autor foi capaz de fazer.

É notavelmente uma obra shakespeariana, embora esteja bem distante de ser uma das minhas favoritas.

sábado, 22 de junho de 2024

Coleção de livros "Harry Potter", envolvendo os títulos "A Pedra Filosofal", "A Câmara Secreta", "O Prisioneiro de Azkaban", "O Cálice de Fogo", "A Ordem da Fênix", "O Enigma do Príncipe" e "As Relíquias da Morte", de J. K. Rowling

Durante muito tempo, especialmente quando estas obras eram lançamentos, tive muito preconceito com o universo Harry Potter, pois considerava objeto de interesse de gente infantilizada e que vive no mundo da fantasia -- o que, em grande parte, é verdade.

Contudo, nesta época da minha vida, decidi ler toda a série literária por três motivos: o fato de esses livros ainda fascinarem as crianças e os adolescentes; a qualidade inferior dos best sellers lidos por esse público atualmente; e, por fim, tendo assistido recentemente a todos os filmes por pura curiosidade, quis confrontá-los com as versões originais.

Dito isso, esclareço que decidi comentá-los em uma só oportunidade, uma vez que basicamente contam a mesma história, sendo um a continuação do outro, como se fizessem parte de uma longa narrativa dividida em sete volumes.

Confesso que gostei mais do primeiro, "A Pedra Filosofal", por se tratar da ideia inicialmente concebida, onde a autora se utiliza da fantasia que criou para estabelecer ricas e críticas analogias com o mundo real; do quinto, "A Ordem da Fênix", pela qualidade da escrita e seu teor de suspense, um tanto quanto sombrio; e do último, "As Relíquias da Morte", por apresentar as características do livro anteriormente citado, além de criar aquela ótima atmosfera de fechamento de história.

Em resumo, pode-se dizer que J. K. Rowling deu vida a um filão literário extremamente abundante, que ainda pode ser vastamente explorado, fazendo uso de uma qualidade de escrita dificilmente encontrada em outros autores, com a qual conseguiu desenvolver títulos que nasceram para se tornarem clássicos e, ao mesmo tempo, significam muito na vida dos leitores infantojuvenis, capazes de se identificarem profundamente com os sentimentos e emoções demonstrados pelos personagens.

sábado, 8 de junho de 2024

"O Planeta dos Macacos", de Pierre Boulle

Gostei muito deste livro de 1963 que inspirou toda a franquia d' "O Planeta dos Macacos". Até hoje, vi o clássico filme de 1968 e a série televisiva de 1974, e confesso que preferi essas obras audiovisuais à literária, pela maior verossimilhança e pela crítica à nossa sociedade, que a cada ano que passa faz mais sentido (a crítica, não a sociedade).

Além disso, assisti à adaptação de 2001, dirigida pelo genial Tim Burton, à época do seu lançamento, o que me faz recordar pouco dela. Mas, ao ler algumas sinopses na internet, parece se tratar de um meio termo entre o livro e o filme originais.

Por fim, para mim, o ponto alto do volume francês é o fato deste inspirar mais terror do que o filme, pois acentua a vulnerabilidade dos seres humanos diante do domínio símio, assim como traz ao leitor um final apavorante.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Ebooks na Amazon

 Olá, pessoal!


Vou postar aqui o link para quem quiser conferir os ebooks que tenho publicado pela Amazon KDP. Espero que quem vier a lê-los goste muito do conteúdo deles. De minha parte, estou adorando a experiência. Que ferramenta fantástica!


Muito obrigado pelo apoio e pela atenção.

Até a próxima!


https://www.amazon.com.br/s?k=Guilherme+Mossini+Mendel&crid=230PKQPEDA5A6&sprefix=guilherme+mossini+mendel+%2Caps%2C317&ref=nb_sb_noss

sábado, 25 de maio de 2024

"Relembrando o que escrevi: da reconquista da democracia aos desafios globais", de Fernando Henrique Cardoso

Muito pertinente a leitura deste livro do ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, o FHC! Trata-se de uma compilação de entrevistas e artigos publicados desde os anos 70, abordando relevantes temas, como: liberdade, democracia, sociedade, Estado, desenvolvimento e globalização.

A obra é uma bela reconstituição política e sociológica da vida brasileira, elaborada com uma visão contemporânea de cada época (70, 80, 90, 2000), as quais são retratadas por um estadista que não é perfeito, mas é inegavelmente inteligente, perspicaz e coerente.

Uma leitura bem interessante!

sábado, 11 de maio de 2024

"Jane Eyre", de Charlotte Brontë

Quando comecei a assistir ao filme "Jane Eyre", de 1944, estrelado por Orson Welles e Joan Fontaine, com roteiro de Aldous Huxley (dentre outros) e direção de Robert Stevenson, fiquei maravilhado e imediatamente pensei: "Tenho que conseguir o livro no qual esse filme foi baseado!"

Assim que o volume chegou, pois o adquiri pela internet, admirei-me com a sua beleza, mas também com o seu tamanho, sendo este um romance de quase 600 páginas (na edição que obtive).

Mas o livro é delicioso, nada cansativo, de leitura tão prazerosa que deixa saudade. Apesar de que ainda prefiro o filme, de tão brilhante que o achei.

A obra conta a história da personagem Jane Eyre em ritmo de autobiografia. A narrativa inicia na infância da moça, quando, sendo órfã, morava com sua tia e primos, em uma residência rica em posses e miserável em amor.

Para piorar, é mandada para um rígido internato, onde conhece outros péssimos aspectos da vida humana.

Cabe, enfim, acrescentar que o texto é incrível e Jane Eyre, definitivamente, uma das personagens mais completas e apaixonantes da Literatura.

sábado, 27 de abril de 2024

"O meu melhor", de Martha Medeiros

Este volume apresenta uma compilação de cem crônicas consagradas da admirável Martha Medeiros, além de apresentar um bônus de quatro crônicas inéditas.

É um livro que contempla os mais diversos assuntos, assim como diferentes fases e momentos da cronista.

Por isso, é indicado para quem já acompanha o trabalho de Martha há tempos ou para quem deseja conhecê-lo melhor.

sábado, 13 de abril de 2024

"O Fenômeno UFO: Fatos, Fantasia e Desinformação", de John Michael Greer

Este é um livro muito rico que trata sobre avistamentos de OVNIs e outras vertentes da Ufologia. Ele abarca a história, hipóteses, boatos, ficção, dentre outros aspectos. E procura provar, por muitas teses, que os "supostos" OVNIs não passam de estratagemas, alucinações, ignorância -- do que discordo, acrescentando que isso não desmerece a obra, que, até nesse ponto, é interessante.

sexta-feira, 29 de março de 2024

"Conversa na sala", de Martha Medeiros

Excepcional este último livro de crônicas da gaúcha Martha Medeiros, cuja escrita me impressiona cada vez mais. Parece que, quanto mais desumano é o povo, mais humana é a Martha; quanto mais monótono é o povo, mais versátil é a Martha; quanto mais imaturo é o povo, mais madura é a Martha.

Martha Medeiros é a rainha da crônica brasileira por conquista, por talento, por bagagem, por merecimento. Martha nunca decepciona. Pelo menos, não a mim.

"Conversa na sala" é um diálogo leve (mas sério) com os leitores, de quem sabe o que e como dizer, estabelecendo um balanço pré, durante e pós-pandemia, para ver o que dá para salvar de e da humanidade.

Enfim, "Conversa na sala" é um bom companheiro diário!

sábado, 16 de março de 2024

"Anotações durante o incêndio", de Cíntia Moscovich

Neste livro composto por onze contos, a gaúcha Cíntia Moscovich mostra que domina como poucos os artifícios para se produzir textos curtos significativos e eternos.

As histórias escritas por Cíntia são encantadoras, profundas, artísticas sem serem excludentes.

A autora nos detalha o íntimo do ser humano e suas inquietações, sem julgar os seus personagens. Aqui, as coisas e as pessoas são como são.

Uma leitura inesquecível!

sábado, 2 de março de 2024

"Convém Sonhar", de Miriam Leitão

Ler esta coletânea de crônicas redigidas por Miriam Leitão é aprender sobre os principais fatos e aspectos do Brasil nas últimas décadas; é surpreender-se com a inteligência e a escrita dessa consagrada jornalista; é presentear a si mesmo com um livro que deleita e instrui; é constatar qual é o melhor e o pior do ser humano; é testemunhar as mudanças mais relevantes na sociedade moderna; é tudo isso e mais um tanto.

Enfim, ter essa obra em mãos é possuir um tesouro brasileiro diante de si.

sábado, 17 de fevereiro de 2024

"O Silêncio", de Gaspar Hernàndez

Um radialista busca auxiliar na cura do câncer que acometeu a sua amiga japonesa Umiko por meio do som da sua voz. Ela crê que esse processo pode levá-la a uma remissão espontânea, pois, na qualidade de praticante de meditação, tem fé no poder das visualizações e, no caso, das ondas sonoras produzidas pela vocalização do amigo.

Então, durante uma noite inteira, Umiko dorme em sua cama, completamente nua, induzida por poderosos soníferos, enquanto o radialista fala sem parar. E o livro que lemos trata-se de tudo aquilo que o homem diz a ela.

Uma história bem diferente, bem contada e bem cativante, na qual o estilo narrativo de Hernàndez permite que o leitor entre realmente nas experiências dos personagens e enxergue tudo o que veem.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

"Deus o abençoe, Dr. Kevorkian", de Kurt Vonnegut

Neste breve livro, Vonnegut torna-se um "repórter do além" e entrevista pessoas que já faleceram, desde ilustres desconhecidos até as personalidades mais consagradas, como Newton, Hitler e Shakespeare.

A obra é deliciosamente crítica e engraçada, brindando o leitor com um texto acessível e super inteligente.

sábado, 20 de janeiro de 2024

"Pornofantasma", de Santiago Nazarian

"Pornofantasma" é um livro de contos fantástico! Nele, Santiago Nazarian brinda os leitores com tudo aquilo que há de melhor na boa literatura. Há o terror, o suspense, a fantasia, o conto de fadas.

A narrativa de Nazarian é uma delícia! E, também, repleta de excelentes referências culturais. O autor consegue aterrorizar, divertir, fazer pensar, instigar a leitura. Mostra, de diversas formas, que é mestre naquilo que se propõe a fazer.

Adorei!

sábado, 6 de janeiro de 2024

"Futilidade ou O naufrágio do Titan", de Morgan Robertson

Esta é uma das obras mais espantosas que se pode ler, isso porque a breve narrativa escrita por Morgan Robertson conta, quinze anos antes, o naufrágio do Titanic.

Em "Futilidade ou O naufrágio do Titan", o autor fala sobre o maior transatlântico já criado, que, em sua primeira viagem, atinge um iceberg e afunda, matando a maior parte dos seus passageiros. No livro, a tragédia é causada pelo excesso de velocidade, a pequena quantidade de botes disponíveis, o despreparo e a negligência da tripulação, bem como a cobiça dos acionistas. 

Coincidência ou premonição? Não se sabe. O que se pode afirmar é que foi lamentável aos homens da época não terem dado atenção à ficção de Robertson, o qual faleceu três anos após a sua fantasia ter se tornado realidade.

Assustador!