- Título: “(in)”
- Autor: Antônio Carlos Policer
- Editora: Autografia (RJ)
- Ano de lançamento: 2021
- Nº. de páginas: 140
Em seu brilhante livro “(in)”, o poeta Antônio Carlos Policer diz muito com o mínimo de recursos, captura a poesia nas situações mais inusitadas e lapida as palavras quando necessário. Seus versos brincam com os vocábulos, tanto com os significados quanto com os significantes. E seus poemas nascem de uma sensibilidade, de uma perspicácia, bem como de um poder de síntese realmente admiráveis.
Ao longo da leitura, percebe-se que tudo o que faz é cuidadosamente pensado, e nada está ali por acaso. Por outro lado, constata-se que sua poesia não é para qualquer leitor. É necessário, por exemplo, ter bons conhecimentos prévios para tirar o maior proveito de seus textos.
Meus poemas favoritos são: “contagem regressiva”, “poema de utilidade pública”, “dúvida linguística”, “onirismo”, “Poética”, “Persona”, “hora de acordar”, “nova antropofagia”, “auto-reverse”, “doença comercial”, “Exame”, “celibato”, “e-poem”, “A marcha”, “Carta ao administrador”, “desca(n)so geral”, “descentralização de poder público”, “Paladar”, “Labor” e “Um poema natalino”.
Sendo assim, posso afirmar, sem receio, que “(in)” é um dos melhores volumes poéticos que já tive a oportunidade de ler, porque é criativo, inovador, crítico, inteligente, coerente e inspirador. Poucos livros provocaram tanto impacto em mim durante a leitura. Sem sombra de dúvida, Antônio Carlos Policer tira o leitor da zona de conforto e, se este permitir, preenche a sua vida com a mais qualificada poesia brasileira contemporânea.

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