Sendo fanático pelo filme homônimo a essa obra, fiquei fascinado pela oportunidade de ler o magnífico livro que deu origem à marcante produção cinematográfica estrelada por Bette Davis e Joan Crawford.
Então, ao começar a leitura, embora estivesse achando o livro brilhante, vi-me inclinado a considerar o filme melhor do que a obra escrita. Isso porque, até o momento em que ocorre uma morte na história, ela parece quase idêntica ao filme. E as diferenças encontradas entre ambas manifestações artísticas são apenas entre personagens e fatos que foram, na minha opinião, aprimoradas no filme.
No entanto, após a situação de morte relatada acima, a narrativa impressa se torna mais arrastada, cadenciada, detalhada, o que, do meu ponto de vista, fez com que o texto soasse superior à imagem.
Mas acredito que as duas produções podem ser consideradas impecáveis, tanto o livro quanto o filme. O livro, pelo pioneirismo e pelo primor do autor no trato literário; o filme, principalmente pelas atuações magistrais de Bette Davis e Joan Crawford.
Essa edição conta, também, com três contos: "O que terá acontecido à prima Charlotte?", "A estreia de Larry Richards", "Primeiro, o ovo".
O primeiro deles foi adaptado ao cinema, com o título de "Hush... Hush, Sweet Charlotte" ou "Com a Maldade na Alma" (no Brasil), ao qual infelizmente ainda não assisti. A história apresenta, página após página, grandes doses de suspense e terror surreal, o que torna a leitura deliciosa e instigante.
O segundo, "A estreia de Larry Richards", fala sobre o mundo artístico, assim como a obra maior desta edição, oferecendo ao leitor uma dose extrema de tensão e drama ao longo da narração dos fatos.
E o último, "Primeiro, o ovo", é uma espécie de analogia, bastante poética, sobre o que acontece com os autores que têm suas histórias adaptadas para o cinema, em Hollywood.
Geniais, todos eles!