quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

"Fim de baile", de Paulo Dias Fernandes

Quando eu era pequeno e estava começando a ler, os meus livros favoritos eram de autoria de um senhor chamado Paulo Dias Fernandes, um otorrinolaringologista aqui de Erechim.

Nas vezes em que eu precisava ir ao médico, minha mãe me levava ao consultório do Dr. Paulo, cuja recepção tinha as paredes repletas de quadros feitos a partir das capas de suas obras literárias.

Mais grandinho, assim que passei a fazer os meus próprios escritos, tive como inspiração a figura do Dr. Paulo, para mim uma referência, o principal escritor da cidade.

E hoje tive a honra de ler pela primeira vez um livro de contos publicado por ele. É esse "Fim de baile", que se mostrou uma obra maravilhosa, recomendadíssimo, construída por textos muito interessantes.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

"50 anos a mil", de Lobão (com Claudio Tognolli)

Comecei a ser um grande fã do Lobão aos 15 anos, após assistir ao show pela TV e adquirir o CD do projeto "Lobão 2001: Uma Odisseia no Universo Paralelo". Antes disso, quando criança, ouvira algumas de suas músicas no rádio, sem dar muita atenção: "Noite e dia", "Me chama", "Rádio Blá", "Vida Louca Vida" (na voz de Cazuza).

Nesta autobiografia, Lobão narra sua vida detalhadamente, englobando todos os aspectos: as suas vitórias, derrotas, loucuras, etc.

Um livro excelente para aqueles que admiram o Lobão e/ou a sua obra.

sábado, 12 de dezembro de 2015

"Os cães nunca deixam de amar", de Teresa J. Rhyne

Há alguns anos, o cachorrinho de estimação da advogada norte-americana Teresa Rhyne, um beagle chamado Seamus, teve câncer. Pouco depois, a própria Teresa descobriu-se com câncer de mama. Os dois venceram essa terrível doença e o presente livro conta a odisseia vivida por ambos durante os detestáveis tratamentos pelos quais passaram.

A obra é muito boa, oferecendo conhecimentos e pontos de vista valiosos para qualquer leitor. Mas cabe salientar o título pouco a ver com a narrativa proposto na tradução brasileira. É claro que o cãozinho Seamus não deixou de amar a sua dona, sob qualquer circunstância. Pelo contrário, até as pessoas se tornaram mais amorosas com Teresa em virtude do seu problema de saúde (sacanagem, não é mesmo?). Contudo, o título original, O cão sobreviveu (e então eu sobreviverei) - de acordo com a minha tradução -, seria muito mais adequado, já que é mais fidedigno ao conteúdo do texto.

sábado, 28 de novembro de 2015

"Annie", de Thomas Meehan

"Annie, a Pequena Órfã" foi criada, em 1924, por Harold Gray. Ela era a personagem principal de uma tirinha de jornal. Em 1972, Thomas Meehan recebeu o desafio de transformar essa publicação em um musical, que acabou fazendo muito sucesso. Anos depois, Meehan decidiu reaproveitar a história em um livro, utilizando-se, também, de cenas que ele lamentavelmente teve de excluir do musical, em virtude da duração do espetáculo.

Aos onze anos, Annie vive em um orfanato novaiorquino, à espera de seus pais, em meio à Grande Depressão estadunidense. Após passar por poucas e boas, ela é adotada por Oliver Warbucks, o homem mais rico do mundo, e sua vida de frustração torna-se, a partir daí, um caminho de prosperidade.

Em meio às aventuras da garota, surge a figura do presidente Roosevelt, que acaba por conhecê-la. Ela, por sua vez, incentiva-o a virar a mesa, a transformar os EUA em um país de futuro. E, assim, pode-se concluir que, ao mesmo tempo em que a vida de Annie começa a melhorar, a situação do país também passa a mudar. Ou seja, Thomas Meehan retratou na criança Annie o momento histórico da sua nação.

Um livro belíssimo, encantador, muito triste e, ao mesmo tempo, um raio de esperança.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"O caso do hotel Bertram", de Agatha Christie

Até ler esse livro, eu havia lido apenas algumas das obras de Agatha Christie protagonizadas por Hercule Poirot, sempre dinâmicas e envolventes. No começo, achei esse mistério vivido pela Miss Marple um tanto maçante, já que é uma narrativa mais cadenciada, ou "enrolada", repleta de personagens supostamente sem importância. Contudo, à medida que lia essa história, mais ela me fascinava, pois se mostrou sabiamente construída e, do seu modo, instigante.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

"O misterioso caso de Styles", de Agatha Christie

Essa é a primeira obra de cunho policial escrita pela inglesa Agatha Christie. O suspense, o desenvolvimento dos personagens, o desenrolar dos fatos e a fluidez da narrativa, bem como a enormidade do detetive belga Hercule Poirot mostram, com justiça, os motivos que levaram a autora a tamanho sucesso. Imperdível! Feito para viciar!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

"O Iluminado", de Stephen King

Procurei ler esse livro tendo em vista o fascínio que sinto pelo filme homônimo do genial diretor Stanley Kubrick, inspirado nessa história.

Como sempre acontece, o livro é muito diferente do filme. Contudo, ao contrário do que normalmente ocorre, nenhuma obra desmerece a outra, pois é uma melhor do que a outra. Os enredos são bastante diferentes, mas exploram muito bem as possibilidades de cada linguagem, obedecendo à cada época - já que atualmente seria possível realizar um longa-metragem mais fidedigno à composição literária, tamanha é a tecnologia disponível.

Para encerrar, vale a pena conferir uma citação localizada no fim do livro, onde Hallorann fala ao menino Danny:


"[...] O mundo é um lugar duro, Danny. Não se importa com a gente. Não odeia você nem a mim, mas também não morre de amor por nós. Coisas terríveis acontecem no mundo, e são coisas que ninguém pode explicar. Indivíduos bons morrem de forma ruim e dolorosa e deixam as pessoas que os amam sozinhas. Às vezes, parece que só as pessoas ruins permanecem sadias e prósperas. [...] Mas veja, você deve continuar vivendo. É a sua obrigação, neste mundo duro, manter vivo o seu amor, e seguir adiante, não importando como. Segure as pontas e vá em frente."