sábado, 25 de dezembro de 2021

"Nas profundezas do mar sem fim", de Jacquelyn Mitchard

Comprei este livro pelo fato de ter assistido ao famoso filme homônimo, protagonizado pela musa Michelle Pfeiffer.

O que mais me chamou a atenção é o estilo da escrita da obra. Ela apresenta uma história que por si só garantiria leitores. Porém, além disso, é brilhantemente escrita. Jacquelyn Mitchard se revela uma excelente escritora nessas páginas.

A autora sabia exatamente o que estava fazendo em cada parágrafo. A narrativa, por isso, é interessantíssima e os personagens são palpáveis de tão reais.

Sendo assim, como normalmente acontece, o livro mostrou-se bem superior ao filme.

sábado, 11 de dezembro de 2021

“Depois do anoitecer”, de Phillip Margolin

“Depois do anoitecer” apresenta uma história repleta de suspense, em meio a uma trama envolvendo vários crimes, julgamentos, segredos e jogos de interesses.

A obra em si possui altos e baixos, contudo, de maneira geral, é muito interessante e atraente, implorando para ser devorada pelo leitor.

Nela, a jovem advogada Tracy Cavanaugh descobre muito mais do que gostaria, ao trabalhar na defesa de uma promotora acusada de assassinato.

Sendo assim, apesar de alguns detalhes, pode-se dizer que o livro é espetacular.

sábado, 27 de novembro de 2021

"Adrienne Mesurat", de Julien Green

Genial este livro de Julien Green!

"Adrienne Mesurat" é um romance psicológico que engole o leitor! 

A obra trata sobre um período da dramática vida da personagem Adrienne, uma jovem francesa de dezoito anos.

Há, durante a narrativa, o constante conflito entre a mentalidade romântica da adolescente e a realidade fria e cruel do mundo.

Portanto, é um texto que não se deseja terminar, mas não se quer parar de ler toda vez que se abre o livro, porque é apaixonante.

domingo, 14 de novembro de 2021

"Depois de Auschwitz", de Eva Schloss

"No curso de minha vida, vi incríveis avanços tecnológicos. Quando eu nasci, não era comum se ter um carro com motor, mas quando eu tinha quarenta anos, o homem já havia pisado na lua. Tínhamos curado doenças, criamos armas nucleares, mapeamos nosso DNA, aprendemos a navegar na internet e desenvolvemos alimentos e remédios geneticamente modificados. Pelo menos no ocidente, a maioria de nós se tornou mais rica do que uma geração como a dos meus avós poderia ter imaginado. Ainda assim, em termos de humanidade, parece que milhares de anos de experiência nos levaram a fazer poucos progressos.

Anne Frank escreveu no final de seu diário, pouco antes de ser capturada, que ainda acreditava que as pessoas tinham bons corações, mas eu me pergunto o que ela pensaria se tivesse sobrevivido aos campos de concentração de Auschwitz e Bergen-Belsen. Minhas experiências revelaram que as pessoas têm uma capacidade única para crueldade, brutalidade e completa indiferença aos sentimentos humanos. É fácil afirmar que o bem e o mal existem dentro de cada um de nós, mas eu vi a realidade de perto, e isso me levou a uma vida de questionamentos sobre a alma humana." (p. 123)

***

Eva Schloss sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz.

Nesta obra, ela conta a respeito da sua infância; da sua adolescência; da captura de sua família judia pelos nazistas, exatamente no dia do seu 15º aniversário; de sua sobrevivência dentro do campo de concentração; de seu resgate; e de toda a sua vida depois dessa terrível experiência.

Um livro comovente e transformador, que nos traz o melhor e o pior do ser humano.

sábado, 30 de outubro de 2021

"O Morro dos Ventos Uivantes", de Emily Brontë

O clássico "O Morro dos Ventos Uivantes" apresenta uma narrativa bem perturbadora em todos os aspectos: contexto, personagens, ambientação, ritmo, estilo.

Mas o que achei mais relevante são as mensagens implícitas (e explícitas) que a obra traz: os bons também odeiam e os maus também amam; ninguém é somente bom ou mal; as pessoas fecham os olhos para a maldade.

Cabe salientar a presença notável do personagem icônico vento, que dá o tom da narrativa. Ou melhor, o ambiente Morro dos Ventos Uivantes é simbólico em diversas ocasiões, transformando a vida dos indivíduos.

Além disso, vi com sincero deleite e surpresa a importância que a autora sugeriu, na história, aos livros e à leitura.

Por tudo isso, esse único romance de Emily Brontë merece toda a fama que possui, tendo em vista que é diferente e marcante.

sábado, 16 de outubro de 2021

“Hoje eu sou Alice”, de Alice Jamieson

Em sua autobiografia, Alice Jamieson conta como sofreu todos os tipos de abuso por parte de seu próprio pai, durante sua infância e adolescência. Como consequência, como uma espécie de proteção, para não ter de lidar com essa realidade terrível e inimaginável, Alice desenvolveu o TDI/TPM, ou seja, Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) ou Transtorno de Personalidade Múltipla (TPM).

Além disso, no livro, a autora mostra o quanto as experiências da infância e da adolescência nos determinam. Revela, também, como a visão de mundo de alguém que carrega traumas (mais ou menos) profundos desde a infância é alterada para o resto de sua vida, muitas vezes de forma irreversível.

Por tudo isso, considero “Hoje eu sou Alice” como uma obra triste, perturbadora, mas que escancara o pior e o melhor do ser humano, tornando-se uma leitura cativante e profundamente construtiva.

sábado, 2 de outubro de 2021

"Amor de redenção", de Francine Rivers

"Amor de redenção" é um romance que realmente prende o leitor.

Em suas mais de quatrocentas páginas, narra a história de uma garotinha que, pelas circunstâncias horríveis de sua vida, acaba se tornando uma prostituta.

Apesar de puxar muito para o cristianismo, o livro trata de forma elogiável a fé, a falta de fé, bem como tudo aquilo que há de bom e de ruim na vida.

Uma obra marcante e impecável!