domingo, 2 de dezembro de 2018

"Madame Bovary", de Gustave Flaubert

Decidi realizar a leitura dessa obra por ter lido anteriormente algo sobre o seu autor, bem como por ter recebido essa recomendação da minha orientadora da dissertação de mestrado, que solicitou com certa veemência que eu o fizesse algum dia.

Até a metade do livro, não entendia o motivo para tanto alarde. Parecia-me apenas uma espécie de obra de transição, contrária ao Romantismo, que colocava a personagem Emma, a tal da Madame Bovary, como um tipo de Don Quixote (nesse caso, diferentemente da figura criada por Cervantes, por ter lido muitos e muitos romances românticos, ela frustrava-se com a realidade, sempre à espera do grande amor de sua vida, do seu homem perfeito).

Porém, da metade para o fim, o livro começa a ter mais graça. Após uma sucessão de fatos, percebe-se que, na realidade retratada por Flaubert, não há mocinhos nem vilões. Todos os personagens são egocêntricos e vítimas das circunstâncias.

Dessa maneira, depois de conhecer todo o texto de "Madame Bovary", conclui-se que é um título grandioso, cujas temáticas principais são a traição, o oportunismo e, comandando tudo isso, a brutalidade e a fugacidade do ser humano.

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