segunda-feira, 29 de julho de 2019

"Todo mundo tem um anjo da guarda: ensinamentos sobre os seres espirituais que nos protegem", de Pedro Siqueira

Nesta obra, Pedro Siqueira narra as suas próprias experiências com seu anjo da guarda, pormenoriza a existência dos seres angélicos e ensina o leitor a buscar um contato mais próximo com os anjos.

É um livro perturbador e instigante, pois trata com naturalidade sobre um assunto místico, religioso e que mexe com as pessoas há bastante tempo. Então, dependendo da fé, do ceticismo, da ingenuidade e/ou da boa vontade do indivíduo, ele acreditará - ou não - no que o autor relata na referida publicação.

domingo, 14 de julho de 2019

"A alegria de ser discípulo", de Papa Francisco

Este volume trata-se de uma seleção de textos orais e escritos publicados pelo Papa Francisco, cuja compilação (e edição) tem como responsável James Campbell.

Por meio dessas produções, o leitor pode perceber a articulação que o atual pontífice faz entre o milenar discurso da Igreja Católica e as mais urgentes necessidades globais do ser humano.

Disso, chamaram a minha atenção a consciência e a humanidade do Papa, fundamentais no nosso tempo, e a enumeração das características de um verdadeiro seguidor de Jesus Cristo, algo praticamente inalcançável pelo que se observa diariamente, até para aqueles que se dizem "cristãos fervorosos".


"Neste livro, temos a oportunidade de acompanhar um testemunho de fé sólida e aplicação do Evangelho em todas as pequenas atitudes. Praticar o olhar benevolente para o próximo e a alegria de servir acima de nossas vaidades é uma das melhores formas de construirmos uma relação de intimidade e vivência da plena misericórdia de Jesus como Salvador."

(citação retirada da orelha da obra - sem identificação de autoria)


Enfim, um livro que li por pura curiosidade e que me proporcionou várias oportunidades de reflexão e algumas belas citações para trabalhar em sala de aula com os meus alunos.

domingo, 30 de junho de 2019

"Balé Branco", de Carlos Heitor Cony

"Balé Branco" é um livro que me surpreendeu. Eu esperava que tivesse um bom texto, em virtude da qualidade do seu autor, mas não imaginava que acabaria se tornando uma das melhores obras que já li.

A história se passa predominantemente em um teatro, envolvendo essencialmente os componentes de uma companhia de dança - bailarinos, pianistas, diretor, massagista, médico, dentre outros.

E, utilizando-se das partes de uma composição musical para nomear os segmentos do enredo, Carlos Heitor Cony esmiúça os dramas, as alegrias, as virtudes, os podres e, em especial, os segredos de alguns personagens em particular e, também, do próprio teatro. 

Além disso, nas entrelinhas, para o entendimento de um bom leitor, há um magistral paralelo com a vida em nosso país, onde todos somos bailarinos, bons ou ruins, tentando dar saltos certeiros nesse palco decadente chamado Brasil.

domingo, 16 de junho de 2019

"Poliana cresceu", de Eleanor H. Porter

"Poliana cresceu", mais comumente conhecido como "Poliana Moça", é a continuação do título "Poliana". E, fazendo jus ao nome dado à obra, acompanha parte da adolescência e do começo da juventude da personagem principal.

No começo da leitura, tive a impressão de que "Poliana cresceu" seria apenas mais do mesmo, tendo em vista que o início segue uma toada similar à de "Poliana", somente apresentando novas situações.

Porém, pouco depois, a história lembra um pouco o universo das obras de Charles Dickens, principalmente o de "Oliver Twist", transformando a experiência da leitura.

Assim, o texto prossegue interessante até antes do seu final, cujas obviedade e incompatibilidade com a realidade fazem com que o livro se torne mais banal, mais fantasioso, menos do que poderia ser.

Mas, apesar disso, é uma excelente obra, indicada a leitores de todas as idades.

domingo, 2 de junho de 2019

"O poderoso chefão", de Mario Puzo

A trilogia "O poderoso chefão" foi um marco na história do cinema. Com sua produção precisa, seu roteiro envolvente e suas atuações brilhantes, tornou-se uma experiência obrigatória para os fãs da sétima arte.

Baseando-me nisso, fiz a leitura da obra literária que deu origem aos filmes. E esse se transformou em um dos meus livros favoritos, pois possui tudo aquilo que há de extraordinário nos três longas-metragens, mas bem maximizado. Ou seja, no caso de "O poderoso chefão", "o livro é melhor do que o filme" também. Então, em se tratando de uma das mais empolgantes produções para as telonas, imagine só o que espera o leitor nas páginas dessa enorme publicação!

domingo, 19 de maio de 2019

"Contos do imigrante", de Samuel Rawet

Publicado em meados dos anos 50, "Contos do imigrante" é uma das obras de narrativas curtas mais importantes da Literatura Brasileira.

Nos dez contos presentes no livro, o importante engenheiro Samuel Rawet revela, sobretudo, a desolação de suas personagens principais. E faz isso por meio de uma fantástica descrição quase que cinematográfica e de suas escolhas fenomenais no seu modo de narrar, como se o leitor estivesse lendo não só a história, mas também a mente de cada personagem posta em destaque.

Chamaram a minha atenção principalmente os títulos "A prece", um conto certamente universal sobre diferenças culturais, religiosas e o preconceito, assim como "Conto de amor suburbano", que escancara em cada página o desespero e a desesperança causadas pela pobreza e pelo amor não correspondido.

Por fim, cabe salientar que essa obra não é para qualquer leitor. Apenas alguém com uma capacidade de leitura mais aprimorada e com um bom conhecimento literário e de mundo fará algum proveito dela, tendo em vista a densidade narrativa e descritiva, além dos conteúdos abordados.

domingo, 5 de maio de 2019

"Almanaque da Jovem Guarda: uma viagem aos anos dourados", de J. Fagundes

Esse livro, infelizmente, me decepcionou. Digo isso porque eu realmente estava com vontade de ler algo que me contasse mais sobre os artistas da Jovem Guarda, o que não aconteceu satisfatoriamente por meio da obra em questão.

O que mais a menospreza é o seu texto, que apresenta todos os maiores pecados da escrita: falta de coerência e de coesão; erros de grafia e de concordância. Enfim, a parte textual é tão mal escrita e desorganizada que o leitor custa a entender a respeito de quem ou do que o autor está tratando em determinados trechos.

Contudo, se faltou competência por parte do escritor, faltou também por parte da editora, cuja pressa e ambição permitiram que esse produto chegasse às bancas sem qualquer revisão - o que é comprovado pelo título do material, que na capa é apresentado como sendo o supracitado, na folha de rosto está como "Jovem Guarda" e nas margens das páginas surge como "Uma viagem aos anos dourados e perigosos da Jovem Guarda".

Além disso, há uma introdução toda em latim (acredito eu), que não sei se foi intencional ou mais uma falha editorial.

Por fim, em relação ao conteúdo, não posso confirmar nada quanto à sua correção (ou a ausência dela), uma vez que, caso eu conhecesse tanto sobre o assunto, não teria adquirido esse volume. Mas, de qualquer modo, desagradou-me bastante o fato de discorrer a respeito de poucos cantores da Jovem Guarda e de perder páginas e mais páginas argumentando sobre temas secundários, como o programa do Chacrinha, a Tropicália, dentre outros tantos.