Num primeiro momento, assisti ao comovente filme de "As vinhas da ira". Gostei tanto dessa obra cinematográfica que queria conseguir o livro. Até que recebi um exemplar de presente. E, como não podia deixar de ser, o livro é melhor do que o filme. O que, nesse caso, quer dizer que o livro é um dos mais impressionantes que já li. Pena que é baseado em um triste período da História norte-americana, onde muitas famílias ficaram sem teto, sem pão, sem história e sem referência.
"Um livro atrás do outro" é um blog para quem realmente lê qualquer livro que lhe apareça na frente, sem preconceitos e compromissos. Publicarei aqui opiniões breves a respeito das obras que termino de ler, de modo a oferecer noções gerais sobre esses textos.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
sábado, 13 de dezembro de 2014
"Doce Mistério", de Ana Maria Mikulski
O "Doce Mistério" é fruto da verdadeira poesia, compreensível e construtiva. Há muita poesia de mentira por aí, que acaba com o prestígio desse gênero literário; o que não é o caso da obra em questão, que fala sobre o amor, a fé e as mazelas do mundo de uma forma sincera e pura.
Para mim, ser presenteado com o "Doce Mistério" foi um prazer e uma honra.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
"A aposentadoria do demônio", de Orual Soria Machado
Antologia de contos, "A aposentadoria do demônio" traz textos maravilhosos, que me fizeram lembrar de "As vinhas da ira", de John Steinbeck, e "Os ratos", de Dyonelio Machado, pela humanidade apresentada na narrativa e pela angústia vivida pelos personagens.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
"O maior amor do mundo", de Seré Prince Halverson
"O maior amor do mundo" retrata os dramas de uma família e a superação desses dramas. Mais exatamente, tudo gira em torno da problemática sugerida na capa do livro: "E se você descobrisse que outra mulher também se considera mãe dos seus filhos?"
Seré mostra que os nossos dramas familiares podem ser resolvidos pelo diálogo, sempre em busca da (re)conciliação, da exposição de sentimentos e feridas e da manutenção do conjunto em contraponto ao culto do eu.
Pois, como disse a autora, em nossas relações, iremos salvar pessoas e também machucá-las. E, sendo o amor feito de perdão e tolerância, cabe às pessoas a compreensão.
"Hoje sei que a mais genuína felicidade se mantém à tona por meio de uma tristeza subjacente. Todos nós chegamos a este mundo repetindo os gritos de nossos ancestrais, trazendo no nosso sangue o DNA deles, mas também suas glórias e derrotas. A dor deles é a nossa, é a tristeza que abre caminho para dias de sol." (p. 312)
Pois, como disse a autora, em nossas relações, iremos salvar pessoas e também machucá-las. E, sendo o amor feito de perdão e tolerância, cabe às pessoas a compreensão.
"Hoje sei que a mais genuína felicidade se mantém à tona por meio de uma tristeza subjacente. Todos nós chegamos a este mundo repetindo os gritos de nossos ancestrais, trazendo no nosso sangue o DNA deles, mas também suas glórias e derrotas. A dor deles é a nossa, é a tristeza que abre caminho para dias de sol." (p. 312)
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
"Contos de Lima Barreto", de Lima Barreto
Repletos de crítica e humor, os contos de Lima Barreto trazem ao leitor as mazelas do ser humano, narradas de forma acessível e criativa. Gostei muito desses textos!
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
"Ouro", de Chris Cleave
Superação de limites. Superação de medos. Superação de doenças. Superação de adversários. Superação de egos. Quando o ser humano se supera, vale ouro. É sobre isso que esse livro fala, por meio de uma narrativa que superou as minhas expectativas.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
"O signo dos quatro", de Sir Arthur Conan Doyle
"O signo dos quatro" é uma história que questiona a noção de justiça: de um lado, Small, o bandido, é, de certa forma, um injustiçado; de outro, Holmes, que solucionou o caso, não ganhou qualquer reconhecimento. Assim, as "vítimas" continuaram vítimas e um policial levou os louros por um mérito que não teve. Uma obra bem interessante.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
"O Exorcista", de William Peter Blatty
Sempre fui fascinado pelo filme "O Exorcista", ao qual assisti, pela primeira vez, aos 12 anos, juntamente com os meus amigos, em uma tarde memorável. Locamos uma versão em VHS duplo, que era uma edição comemorativa de 25 anos, trazendo o filme e um documentário.
E, hoje, é com uma enorme satisfação que li o livro que inspirou o mito. O que posso dizer é que a obra trata sobre o amor, sobre a capacidade do ser humano doar até mesmo a própria vida para livrar o próximo de uma grande dificuldade, de uma adversidade. Para provar essas afirmações, basta considerar duas colocações do personagem Padre Lankester Merrin:
"[...] costumo ver a possessão nas coisas pequenas, Damien. Nas picuinhas e nos desentendimentos; na palavra cruel e cortante que salta livre à língua entre amigos. Entre namorados. Entre marido e mulher. Temos muito disso e não precisamos de Satanás para criar nossas guerras. Conseguimos criá-las sozinhos [...]"
"[...] Talvez o mal seja a provação da bondade. E talvez até mesmo o Satanás sirva, de certa forma, para testar a vontade de Deus."
Realmente, um épico escrito por um gênio das artes, que escreveu, adaptou e dirigiu trabalhos a respeito de um dos assuntos mais polêmicos da vida.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
"Os pinguins do Sr. Popper", de Richard e Florence Atwater
Quando assisti ao filme "Os pinguins do papai", não o achei uma obra cinematográfica das mais fabulosas. E, assim que me deparei com o livro "Os pinguins do Sr. Popper", que inspirou o filme, em uma bela edição, por menos de R$ 10,00, decidi arriscar.
Fiquei surpreso ao saber que se trata de uma história infantil de 1938. Ainda, ao ler esse livro, percebi que o mesmo contém não só ilustrações lindíssimas, como também um texto belíssimo, muito emocionante e, de certa forma, crítico.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
"A captura de Cérbero" e "O incidente da bola de cachorro", de Agatha Christie, com comentários de John Curran
Há alguns anos, John Curran descobriu mais de 70 cadernos pertencentes à Agatha Christie, nos quais a autora planejava suas obras. E, além de anotações importantíssimas para a compreensão do método de trabalho da escritora, o pesquisador encontrou dois contos inéditos: "A captura de Cérbero" e "O incidente da bola de cachorro". Esses textos foram publicados no Brasil em dois volumes, cada um contendo uma das histórias, alguns comentários de John e materiais extras. Imperdível!
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
"O vencedor está só", de Paulo Coelho
Com um olhar bastante crítico sobre o mundo da fama, Paulo Coelho, em seu "O vencedor está só", mostra o vazio apresentado pelas pessoas que "venceram na vida". Em uma sociedade que vive de ostentação, esse tema se revela pertinente por buscar a conscientização de quem procura aparecer por aparecer, e não por possuir talentos e valores admiráveis.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
"Uma vida inventada", de Maitê Proença
Conhecia um pouco da atriz Maitê Proença e não conhecia nada da Maitê escritora. E, ao ler esse livro, posso afirmar que, caso essa artista plural tivesse optado por viver apenas da escrita, teria talento suficiente para ser aclamada pelo público e reconhecida pela crítica. Livro muito bom e, de certa forma, construtivo.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
"Uma Breve História do Brasil", de Mary Del Priore e Renato Venancio
Muito bem organizado e escrito com a fluidez de um romance, "Uma Breve História do Brasil" narra os principais fatos do que se sabe até hoje sobre a História do nosso país. Livro recomendado a estudiosos e, também, a curiosos, mostrando-se uma obra atraente a diversos tipos de público.
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
"As flores do mal", de Charles Baudelaire
Este livro foi um presente do meu irmão, cujo desejo era de que eu o considerasse uma leitura significativa e inspiradora. E, como ele me conhece muito bem, conseguiu o que queria, porque enxerguei as minhas intenções poéticas nos poemas e nos argumentos de Baudelaire, algo que pode, certamente, me encorajar.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
"As minas de Salomão", de Rider Haggard
Quando eu tinha uns 10 anos, li uma adaptação desta obra e, certamente, foi o livro que mais me marcou durante a infância; talvez esse tenha sido até mesmo o título que me fez perder a "preguiça" de ler.
Agora, mais de 15 anos depois, tive a oportunidade de conseguir a tradução feita por Eça de Queiroz. E achei-a simplesmente maravilhosa. Ação, aventura, humor, crítica, amor, amizade, cobiça, diversidade social e cultural, tudo isso (e mais um pouco) o leitor é capaz de encontrar nesse relato sobre um grupo de aventureiros à procura de respostas e tesouros, em meio ao deserto africano.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
"A vampira de Sussex", de Sir Arthur Conan Doyle
Neste livro de contos, Sir Arthur Conan Doyle revela o que as histórias de Sherlock Holmes podem oferecer de melhor ao público. Por meio de narrativas criativas e curiosas, Conan Doyle entretém o leitor do início ao fim.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
"O primo Basílio", de Eça de Queirós
Eu não tinha paciência para ler Eça de Queirós. Contudo, agora, dando mais uma chance a ele, absorvendo umas poucas páginas por dia enquanto acompanho obras de outros autores, estou achando seus livros maravilhosos. Esse "O primo Basílio" me ofereceu muito mais do que eu esperava dele. Ansiava que fosse apenas mais uma historinha idiota de triângulo amoroso. Mas... classificá-la como uma narrativa de "triângulo amoroso" seria rotulá-la mal, já que é muito mais do que isso.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
"Juízo final", de Sidney Sheldon
O enredo é semelhante ao do filme "O dia em que a Terra parou": alienígenas vêm ao nosso planeta para avisar-nos dos riscos do descaso que estamos tendo com o mundo em virtude do foco exclusivo no lucro. Só esse assunto já me faria considerar esse livro muito legal. Mas, sendo um romance de espionagem que mostra uma conspiração de várias nações para calar os ETs, essa obra torna-se ainda mais fascinante.
sábado, 12 de julho de 2014
"As areias do tempo", de Sidney Sheldon
Sidney Sheldon mistura questões políticas, religiosas, sociais e familiares neste romance de suspense. Por meio de uma narrativa cheia de idas e vindas, construída com uma história principal e seus retalhos, o escritor faz com que as quase 400 páginas do livro sejam lidas como se fossem meras 100.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
"Os meninos do banhado", de Edith Brockes Tayer
O livro "Os meninos do banhado" conta a história das crianças da Vila Prosperidade, um vilarejo rural carente. Descreve, assim, um pouco da cultura, da fala, da culinária, do modo de vida, das dificuldades, das limitações e das virtudes dos pequenos povoados que se formam nos banhados localizados ao redor de grandes propriedades rurais. Uma obra comovente que faz lembrar um pouco dos trabalhos de Roberto Bolaños e Amácio Mazzaropi.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
"Meu tio Atahualpa", de Paulo de Carvalho Neto
A princípio esse livro falaria sobre as aventuras de alguns índios equatorianos em contato com pessoas de alto escalão, como: embaixadores, militares, intelectuais. Contudo, a obra permite tantas interpretações que eu não ousaria defender uma única leitura. E, se não bastasse isso, é enriquecida com um humor inocente (e crítico), semelhante ao do genial seriado Chaves. Por isso, é um texto excelente, recomendado a quem gosta de boa literatura.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
"Os sofrimentos do jovem Werther", de J. W. Goethe
Primeiro livro de Goethe, "Os sofrimentos do jovem Werther" apresenta uma narrativa diferente da tradicional. A história da paixão doentia desse rapaz por uma moça chamada Charlotte é contada por Wilhelm, amigo dele, por meio de cartas escritas por Werther (e organizadas por Wilhelm), bem como por bilhetes e informações obtidas por esse narrador/organizador.
Sinceramente, valeu a pena ler essa obra, mas ela está longe de ser uma de minhas prediletas, embora proponha reflexões interessantes.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
"A cidade e as serras", de Eça de Queirós
"A cidade e as serras" não possui a dinâmica das peças de Shakespeare, mas lembra tais obras pela temática universal e atemporal, bem como pela poesia presente ao longo de todas as suas páginas. Livro excelente!
sexta-feira, 30 de maio de 2014
"Selvagens", de Don Winslow
O livro "Selvagens", escrito por Don Winslow, é moderno em todos os sentidos: a temática é moderna, o modo de narrar é moderno, as referências são modernas. É uma obra perfeita para o público atual, que gosta de ação, capítulos curtos e linguagem espontânea.
A história fala sobre o tráfico de drogas, não de uma forma pesada, mas de um modo que beira à tragicomédia. Por conta disso, o leitor precisa estar aberto a uma obra que trata com naturalidade assuntos polêmicos.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
"A volta ao mundo em 80 dias", de Júlio Verne
Este clássico dá conta de entreter o leitor. Por conta disso, provavelmente, é um daqueles livros que faz os jovens "pegarem" o gosto pela leitura. Para mim foi uma leitura agradável e curiosa. Mas... não fede nem cheira bem.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
"Um estudo em vermelho", de Sir Arthur Conan Doyle
"Um estudo em vermelho" é a primeira história em que aparecem os personagens Sherlock Holmes e Watson. O livro é dividido em duas partes. Na primeira, há a narrativa dos fatos do crime. Na segunda, Conan Doyle discorre sobre os acontecimentos que motivaram esse crime. Juntando as duas partes, tem-se uma combinação de mistério, romance, crítica e senso de humanidade, elementos que, certamente, ajudaram a tornar Sherlock Holmes um dos personagens mais famosos até hoje.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
"Em nome de Salomé", de Julia Alvarez
O livro "Em nome de Salomé" é impecável. Narrada primorosamente pela escritora, poetisa e professora Julia Alvarez, a obra conta a história da poetisa Salomé Ureña e de sua família, enfocando, principalmente, Camila Henríquez-Ureña, sua filha.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
"Os Lusíadas", de Luís de Camões
Camões executou com maestria tudo o que se propôs a fazer. Extremamente lido e respeitado até hoje, será sempre um item essencial para quem quer (ou precisa) estudar Literatura.
Nessa obra, ao escrever uma epopeia sobre o povo português, iguala-se a pouquíssimos escritores clássicos, que ousaram dar vida a um projeto tão fabuloso.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
"Quatro cartas de amor", de Niall Williams
A poesia jorra das mais de 300 páginas dessa narrativa! Há poesia até no título do livro: "Four letters of love" (que pode se referir às quatro letras da palavra "amor" e às quatro cartas enviadas por Nicholas na história).
"As tramas de Deus e do Amor andam juntas", segundo Niall Williams, nesse seu romance de estreia.
"As tramas de Deus e do Amor andam juntas", segundo Niall Williams, nesse seu romance de estreia.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
"A Bíblia em 100 minutos", de Michael Hinton
Li este livro por curiosidade, para saber o que o autor salientava das passagens bíblicas e como fazia isso. A obra cumpre com a sua proposta de reproduzir, de forma objetiva e com linguagem mais moderna, os principais acontecimentos narrados na Bíblia. Sendo um volume de pouco mais de 100 páginas, a leitura soa como ler a sinopse de um filme, o resumo do capítulo de uma novela, etc. Isto é, a tarefa sacia a curiosidade do leitor, mas não substitui a experiência original.
sexta-feira, 28 de março de 2014
"A espiã improvável", de Daniel Silva
Romance sobre espionagem na Segunda Guerra Mundial, que mostra detalhadamente os jogos de interesses e manipulações de agentes especiais durante aquele conflito. Livro extenso, mas de leitura agradável.
sexta-feira, 21 de março de 2014
"A estrada de Salamanca", de Antenor Pimenta
Ambientado na Espanha, "A estrada de Salamanca" lembra pouco um romance brasileiro. E isso é um elogio. Não que os romances brasileiros sejam ruins ou fracos, mas esse livro - ora filosófico, ora absurdo - vai além, comprovando o talento autêntico de Antenor Pimenta.
sexta-feira, 14 de março de 2014
"A arte da dedução de Sherlock Holmes - volumes 1 e 2"
Os livros "A arte da dedução de Sherlock Holmes" propõem 60 enigmas cada, levando o leitor a utilizar conhecimentos de diversas áreas para resolvê-los. As obras são graficamente belíssimas e apresentam-se como ótimos passatempos.
sexta-feira, 7 de março de 2014
"Poirot investiga", de Agatha Christie
O detetive Poirot investiga 14 casos diferentes neste agradável livro de contos. Cada texto surpreende o leitor de uma maneira particular, narrando fatos que comprovam a imensa criatividade de Agatha Christie.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
"Assassinato no campo de golfe", de Agatha Christie
Antes de ler um único livro da Agatha Christie, eu era bastante cético em relação à sua obra, já que sempre duvidei da qualidade de qualquer coisa que faça um sucesso extraordinário. Contudo, ao realizar a leitura de um primeiro título dessa autora, percebi que esta merece toda a fama que possui. E o "Assassinato no campo de golfe" reafirma a minha certeza de que Agatha Christie é uma das minhas escritoras favoritas.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
"O incêndio", de Jorge Medauar
Maravilhoso livro de contos, que esmiúça particularidades brasileiras, seja em relação às temáticas ou à linguagem. Contudo, ao mesmo tempo em que é regional, é, também, universal.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
"Medida por medida", de William Shakespeare
A tragicomédia "Medida por medida" não é uma das peças mais conhecidas de Shakespeare nem é uma de suas obras mais brilhantes, mas é Shakespeare da primeira à última linha, sendo, por esse motivo, superior a grande parte das peças de outros autores clássicos.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Defesa (des)necessária
Não sou nenhum entendido de Literatura. Apenas gosto muito de ler. E, na minha modesta opinião, ler por prazer é infinitamente melhor do que ler para se mostrar inteligente e/ou culto. Sendo assim, sinto-me impelido a esclarecer alguns pontos:
Durante a minha formação acadêmica, nas diversas aulas de Literatura que tive, com professores adeptos das mais variadas opiniões, um dos ensinamentos que fixei com maior carinho foi o que recomendava o respeito às inúmeras interpretações realizadas pelos alunos diante de um determinado texto. Segundo essa abordagem, o docente deveria somente avaliar se cada interpretação seria plausível dentro do contexto do texto (com o perdão do "defeito linguístico"), deixando os estudantes à vontade para levarem seus pensamentos a caminhos inimagináveis. E isso é muito diferente do método tradicional de ensino da Literatura, que dita interpretações obrigatórias normatizadas por medalhões, as quais tornam a leitura uma tarefa enfadonha e humilhante.
Ora, cada pessoa carrega uma bagagem diferente de conhecimentos e experiências, assim como possui capacidades e habilidades também diferentes. Então, como seria possível ditar a interpretação mais adequada a uma obra de arte? Para mim, entender uma produção textual de acordo com pontos de vista variados é algo belo e enriquecedor à prática.
***
Mas... por que diabos escrevi tudo isso? Simplesmente porque tenho recebido algumas críticas ao meu blog “Um livro atrás do outro”, onde publico resenhas minúsculas a respeito das obras que leio. De acordo com esses indivíduos, tenho comentado pouco sobre os livros elencados no site e o que escrevo não é baseado em nada concreto, em nenhuma pesquisa prévia, que é de um “achismo” e de uma falta de comprometimento dignos de um charlatão. Ué, primeiro, eu nunca me intitulei um grande crítico literário, formador de opiniões. Em segundo, se fosse preciso pesquisar em inúmeras fontes e ler uma obra inúmeras vezes para ter o direito de compartilhar as minhas impressões sobre ela, então eu não leria nem faria mais nada, já que isso se tornaria uma atividade maçante e sem sentido para mim. Ninguém precisa de receitas para ler. Precisa, sim, de vontade, de inspiração. Eu leio no ônibus, no sofá, no trabalho (durante o intervalo, viu!?), no banheiro, em salas de espera... Leio porque isso me faz bem e escrevo pelo mesmo motivo. Caso não gostem das minhas opiniões, fazer o quê? Como diz o meu pai, “nem Jesus agradou a todos”. Eu só exigiria um pouco mais de respeito e compreensão, tendo em vista que o blog “Um livro atrás do outro” destina-se à publicação de pequenas impressões que me foram deixadas pelos textos que li, e não visa ser um receituário de pontos de vista ou uma amostragem do quanto eu sou inteligente e capaz através de resenhas bem escritas e comentários esplendorosamente embasados. Ponto!
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
"Sonetos", de William Shakespeare
As peças de Shakespeare são geniais. Seus sonetos, não. Mesmo assim, não deixam de ter a marca desse importantíssimo autor, representada, sobretudo, na sua incrível perspicácia.
O romântico Shakespeare da poesia ainda é fruto de muitos mistérios e especulações, característica, também, do Shakespeare dramaturgo.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
"Tex Willer - A história da minha vida", de Mauro Boselli
Arte pura e entretenimento garantido! É o que se pode dizer de "A história da minha vida", a "autobiografia" de Tex Willer, clássico personagem de histórias em quadrinhos. O livro foi escrito por Mauro Boselli e ilustrado por Fabio Civitelli. Recomendo a todos que gostem de um material histórico e de qualidade.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
"A verdadeira natureza", de Alice Hoffman
Neste livro, Alice Hoffman narra a história de um homem que fora criado por lobos. Por conta de alguns fatos, ele passa algum tempo na casa de uma mulher, em uma pequena cidade. A autora transforma o homem lobo em um Frankenstein de James Whale, uma vez que questiona algumas regras e convenções desnecessárias dentro da sociedade ocidental. Melhor dizendo, ao tentar civilizar um "animal selvagem", Robin, a personagem principal, mostra o quanto é selvagem o homem civilizado. Obra excelente!
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
"A temporada das marchas", de Daniel Silva
Obra de suspense, ação e espionagem, "A temporada das marchas" trata sobre os conflitos na Irlanda do Norte.
Em seus livros, Daniel Silva mistura narrativas realmente eletrizantes com denúncias políticas importantes (fruto de muita pesquisa), fazendo com que a leitura dessas obras seja divertida, além de informativa.
Por isso, é um título muito bom, até para quem não é muito chegado a explosões e tiros.
Assinar:
Postagens (Atom)