Rafael Henzel é o único jornalista a sobreviver ao voo LaMia 2933, na tragédia ocorrida no fim de 2016.
Logo que soube da publicação deste livro, senti vontade de lê-lo. Por um lado, para tentar entender quais são as percepções, os sentimentos e as emoções que um sobrevivente de algo tão terrível tem sobre o fato. Por outro, para ver o que alguém com essa triste bagagem tem a dizer a respeito da vida.
Pode-se afirmar que, na obra, assim como eu esperava, o autor relata a experiência tida durante o acidente aéreo com a equipe de futebol da Chapecoense e discorre sobre o que ele espera da sua existência daqui para a frente. Além disso, descreve quem é a pessoa Rafael Henzel, cujo modo de ser, aliás, lembrou-me bastante do meu.
Então, é uma leitura que nos traz um ponto de vista diferente, pessoal e humano em relação a esse desgraçado acontecimento e uma visão renovada perante o ato de viver, sem as pretensões de um típico livro de autoajuda.
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Enquanto erechinense, acrescento o quanto o acidente nos comoveu, uma vez que o município de Chapecó é próximo de nossa cidade e a Chapecoense tem sido parceira do nosso Ypiranga, time este que acompanhou a ascensão do seu colega catarinense à elite do futebol, desde a oportunidade em que ambos estiveram na série D quando essa fantástica caminhada começou (no ano de 2009), bem como realizando constantemente amistosos nas duas cidades a partir de então. E, é claro, não se pode esquecer que, dentre as vítimas dessa fatalidade, estava Renan Agnolin, jovem natural de Erechim e colega de emissora de Rafael Henzel, escritor dessa obra.
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